O blogueiro entrevistou o deputado federal Hugo Leal, do PSC/RJ, autor da "Lei seca", no programa Deles & Delas, exibido todos os domingos pela TV Bandeirantes do RJ. Confira alguns momentos da entrevista.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Dilma e o valor do porco
Assunto da presidente Dilma na China, a carne de porco retoma seu devido lugar no cardápio nacional. O efeito chinês foi tanto, que nem as campanhas e novidades como ‘picanha suina’, raças com menos 70% gordura, torresmos com 90% de carne e peles crocantes conseguiram alcançar tamanha façanha. Mas novidade mesmo é a ‘carne na lata’, daquelas que eram guardadas em banha como antigamente, retornaram em versão moderna e mais ligth – feita pela Xavante e faz sucesso nos mercados Centrais.
Judiciário com pachorra e com a socapa da lesma
A Justiça brasileira tem fama de ser lenta, rótulo que ganhou no passado, tempo das prateleiras empoeiradas guardando calhamaços de papel que encerravam milhares de processos, para os quais despachos ou julgamentos consumiam anos. Com a informatização e a contratação de mais servidores, geralmente apontadas como ferramentas importantes para agilizar a tramitação no Judiciário, esperava-se a melhoria da performance das cortes em benefício da sociedade. Ledo engano! Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) conclui que, apesar da informatização, não foram identificadas variações significativas de desempenho entre as varas que usam processos físicos, digitais ou virtuais. O judiciário brasileiro continua como "dantes no quartel d'Abrantes”! O levantamento também critica o fato de que o uso da internet não tenha sido seguido por mudanças organizacionais e de treinamento de pessoal.
Segundo os especialistas, a digitalização apenas muda o suporte do processo, mas os ritos são os mesmos. O ganho obtido com a supressão de determinadas tarefas burocráticas em função da digitalização acaba sendo anulado por novas tarefas, como o escaneamento de peças processuais. Ainda segundo o estudo, as diferentes formas de organização de trabalho nas varas também são irrelevantes em termos de produtividade, assim como a contratação de pessoal. Não se observou qualquer evidência empírica significativa de que o quantitativo de processos por serventuário esteja correlacionado com o tempo de duração do executivo fiscal, nem com a probabilidade de esse processo sofrer baixa por pagamento. Por sua vez, o servidor do judiciário não tem a menor vontade de servir melhor, porque já não aguenta ter que conviver com juízes arrogantes e prepotentes, e nesse caso, quem sofre somos nós!
Por determinação do CNJ, os Tribunais de Justiça de todo o país tinham até 31 de março para aprovar o planejamento de seus sistemas operacionais com base na informática. A Resolução 99, aprovada em 24 de novembro, instituiu o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário. Com a medida, os tribunais terão que investir na melhoria de seus sistemas, reduzindo custos e tempo de tramitação dos processos, a partir do estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazos, mostrando resultados e projetos. Em 26 de janeiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia anunciado a eliminação de lotes de petições que foram protocoladas e digitalizadas para juntada aos processos eletrônicos. Mas foi a Comarca de Poconé, cidade a 104 quilômetros ao sul de Cuiabá, a primeira do Brasil a ficar totalmente virtual, permitindo a tramitação de todos os ritos processuais por meio eletrônico, desde uma simples carta precatória ou processo do Juizado Especial até processos complexos, como recuperação judicial e ações civis públicas e penais. Que a resolução do CNJ seja compreendida pelos juízes, para que a população brasileira possa se beneficiar de uma Justiça moderna e cumpridora plenamente sde eu papel constitucional, permitindo o acesso da sociedade e dos operadores do direito a seus serviços. A constatação do estudo do Ipea apenas passa a régua na realidade do Judiciário nacional: sua informatização está em curso, mas com pachorra e, em alguns casos, à socapa.
Manifestações pró Aécio irritam o PT radical
As referências de políticos do PT em defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no twitter têm irritado os petistas mais radicais. Mas continuam ocorrendo. Depois do senador Lindberg Farias (PT-RJ), que tuitou condenando os que atacavam o parlamentar tucano, agora é a vez do deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) tomar a mesma atitude. Gabriel escreveu na rede: “Ao solidarizar com o senador Aécio concordo com o companheiro Lindberg. Não se pode rebaixar a discussão política substantiva para tema de natureza privada”.
Meu nome é paisagem
Tem gente com saudade dos tempos do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência nacional do Democratas. É que ele, pelo menos, fazia barulho quando estava no cargo. O atual presidente, senador José Agripino Maia (DEM-RN), fica assistindo ao partido desmoronar com cara de paisagem. Com isso, mais gente tenta procurar um novo espaço político. Não é à toa que o assunto da fusão com o PSDB, embora descartado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), voltou com tanta força.
Sonho de uma noite de verão.
A inflação chegou no início do governo Dilma Rousseff. E atrapalha seus planos mais ousados. Com nova alta de juros, fica cada vez mais distante seu objetivo de ter taxas de juros em níveis de primeiro mundo. O saudoso presidente José Alencar estaria dando pulos de raiva. Vivo estivesse, continuaria a sua cruzada contra os juros altos, manteria a postura de ser uma pedrinha no sapato do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que fez ouvidos moucos à sua pregação durante o governo do ex-presidente Lula.
A nova classe média, com a incorporação de milhões de famílias em faixa mais alta de renda nos últimos anos, não está nem aí para a taxa de juros. Vai às compras, tirando o atraso com o novo poder aquisitivo que adquiriu. E não leva em conta quanto paga de juros. Quer saber apenas se a prestação do novo eletrodoméstico se encaixa em seu orçamento. Sendo possível pagar, vai às compras, movimenta a economia. Daí a manutenção do crescimento econômico. Principalmente porque a geração de empregos continua em alta, ainda que não repita o ritmo do ano passado. Mas, claro isso tem um preço, só aguardar!
O grande desafio da equipe econômica é conseguir manter o país em ritmo crescente, sem perder o controle da inflação, coisa que esta equipe que aí está não vai conseguir, por total falta de competência - taí. a prova! Falta munição para isso. O governo já gastou o aumento do IOF, já subiu a taxa de juros e sabe que só o controle das contas públicas, de preferência com superávit real, com sobras depois do pagamento de juros, será capaz de permitir a queda dos juros. Só que, hoje, isso é sonho de uma noite de verão.
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