Começaram a pingar algumas liberações de emendas parlamentares da base aliada ao Palácio do Planalto, mas ainda é insuficiente para conter o alto índice de insatisfação dos governistas. Poucos ministérios conseguiram pôr a máquina para andar e os valores estão bem aquém do que esperavam os deputados e senadores. Enquanto o prometido gira em torno de R$ 3 milhões para cada um, as liberações não passam de R$ 600 mil. Quem conseguiu R$ 800 mil pode se considerar um cara de sorte ou tem muito prestígio na equipe econômica e no próprio palácio. Também estão a conta-gotas as nomeações de segundo e terceiro escalões nos estados.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Lula, pinto no lixo
O ex-presidente Luiz Inácio Doutor Honoris Causa Lula da Silva ganhou mais um título. Desta vez, na França, de seu amigo Nicolas Sarkozy, que caça intensamente a venda de aviões militares para o Brasil. Desta vez, Lula não levou sua sucessora Dilma Rousseff a tiracolo.
Ela foi sozinha na assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com um discurso forte enaltecendo os países emergentes e cobrando com fortes argumentos um assento para o Brasil no Conselho de Segurança. A primeira mulher da história a abrir a assembleia da ONU, já que este papel cabe ao Brasil. Lula, na França, preferiu a companhia do ex-ministro e "chefe da gangue" da Casa Civil José Dirceu, réu no processo do mensalão, que abalou o primeiro mandato do ex-presidente. Coisa estranha, muito estranha...
A presença de Dirceu, no entanto, não apagou o brilho de Lula. Foi recebido aos gritos de Olê Lula. Diante de um desafio, o ex-presidente tentou ensinar o caminho das pedras para os países europeus saírem da crise. Falou do crescimento econômico em seu governo, da geração de empregos, da redução da miséria e, claro, do Bolsa Família. E ainda encontrou espaço para tecer rasgados elogios à sua sucessora. Citou Dilma Rousseff estendendo a ela um tapete vermelho. Na saída, Lula teve que “enfrentar” um grupo de estudantes. Eles chegaram a cantar Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, para o brasileiro. Estava como um pinto no lixo!
Já os tucanos, não conseguem se entender. Eles próprios condenaram a divulgação que o PSDB contratou mostrando as dificuldades do partido. É que os números não ajudam mesmo. No levantamento com os mesmos candidatos do ano passado, Dilma, hoje, seria reeleita no primeiro turno com 59% dos votos válidos. José Serra (PSDB) cairia de 32,6% para 25% e Marina Silva (PV) de 19,3% para 15%. Desta vez, os tucanos preferiam não ficar em cima do muro, queriam ficar atrás dele, bem escondidinhos.
Assinar:
Postagens (Atom)