Nem CPI do Cachoeira, muito menos CPI do Demóstenes, tampouco CPI da
Delta Construções. Está em curso no Congresso a Comissão Mista
Parlamentar de Inquérito da Geografia. É isso mesmo. Os deputados e
senadores responsáveis pela investigação decidiram que ela ficará
restrita à região Centro-Oeste. Caras de pau! Obras da Delta em outras áreas do país
ficarão de fora. Tanto que o sigilo bancário da empresa só foi quebrado
na região escolhida. A comissão quebrou também outros sigilos, os de
diretores da Delta que já foram exaustivamente investigados pela Polícia
Federal. É o famoso “me engana que eu gosto” para quem quiser acreditar
em uma investigação séria, que esteja sob rígido controle dos partidos e
do governo.
Como têm gente envolvida, PT, PSDB, PMDB e o DEM (apesar da saída do senador Demóstenes Torres do partido) decidiram estabelecer os limites para a CPI, definindo até onde ela vai e, principalmente, até onde ela não vai. Por enquanto, enquadram-se na última opção os governadores do Distrito Federal, Agnello Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que são da região. Sem contar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que já escapa se a CPI da Geografia fizer jus ao novo nome, pois seu estado é do Sudeste. Eles só serão chamados a depor se não houver escapatória, se forem encontrados fatos cabeludos suficientes para provocar uma grande pressão popular.
O curioso é que até a desculpa foi ensaiada. A expressão “não fazer devassa”, por exemplo, foi usada tanto pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) quanto pelo seu colega Paulo Teixeira (PT-SP). No jargão político, é comum ouvir que sabe-se como uma CPI começa, não como termina. Pelo jeito, a CPI do Cachoeira mal começou e já se sabe como vai acabar: dentro de um forno, com óregano e azeite e para quem quiser acrescentar, com ketchup.
Como têm gente envolvida, PT, PSDB, PMDB e o DEM (apesar da saída do senador Demóstenes Torres do partido) decidiram estabelecer os limites para a CPI, definindo até onde ela vai e, principalmente, até onde ela não vai. Por enquanto, enquadram-se na última opção os governadores do Distrito Federal, Agnello Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que são da região. Sem contar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que já escapa se a CPI da Geografia fizer jus ao novo nome, pois seu estado é do Sudeste. Eles só serão chamados a depor se não houver escapatória, se forem encontrados fatos cabeludos suficientes para provocar uma grande pressão popular.
O curioso é que até a desculpa foi ensaiada. A expressão “não fazer devassa”, por exemplo, foi usada tanto pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) quanto pelo seu colega Paulo Teixeira (PT-SP). No jargão político, é comum ouvir que sabe-se como uma CPI começa, não como termina. Pelo jeito, a CPI do Cachoeira mal começou e já se sabe como vai acabar: dentro de um forno, com óregano e azeite e para quem quiser acrescentar, com ketchup.