A política é a arte de aproveitar as oportunidades. Presidente do PSB
e governador de Pernambuco, Eduardo Campos aproveitou o horário
eleitoral gratuito – as inserções de 15 ou 30 segundos, que são as que
realmente importam – para se colocar na cédula eleitoral do ano que vem
como candidato à Presidência da República. E o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), outro presidenciável, aproveitou para espalhar a cizânia na
base aliada ao Palácio do Planalto. “Eu dou as boas-vindas ao
companheiro Eduardo Campos ao campo da oposição”, não perdeu tempo o
mineiro.
O “companheiro” da frase é fina ironia. Aécio deveria até pagar direitos autorais ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eduardo Campos ao campo da oposição”, com Campos e campo, deve ser frase de improviso. Poderia melhorar.
Uma das últimas raposas políticas deste país, o ex-governador Hélio Garcia ensinava que “para-choque de candidato não pode ser muito comprido”. Por isso defendia que a campanha só começava para valer em setembro (só que as urnas eram abertas em 15 de novembro na época). A regra mudou.
Com a reeleição, no cargo, a presidente Dilma Rousseff faz campanha diariamente, basta usar a agenda oficial. Por isso a oposição põe as manguinhas de fora e entra no jogo. Faz parte.
O problema é que a política deixa os palanques e o campo das ideias para entrar nos tribunais. É lá que está a briga pelas regras do jogo. De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF). De outro, o Congresso. Na guerra entre os poderes não haverá vencedores. As tentativas de impor medidas casuísticas, como limitar a criação de partidos, leia-se a legenda de Marina Silva, só tem perdedores: os eleitores, cada vez mais descrentes e desconfiados da classe política. Tanto que nem se lembram em quem votaram pouco tempo depois de ter ido à urnas. É o mesmo que esquecer o direito de exercer a verdadeira cidadania.
O “companheiro” da frase é fina ironia. Aécio deveria até pagar direitos autorais ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eduardo Campos ao campo da oposição”, com Campos e campo, deve ser frase de improviso. Poderia melhorar.
Uma das últimas raposas políticas deste país, o ex-governador Hélio Garcia ensinava que “para-choque de candidato não pode ser muito comprido”. Por isso defendia que a campanha só começava para valer em setembro (só que as urnas eram abertas em 15 de novembro na época). A regra mudou.
Com a reeleição, no cargo, a presidente Dilma Rousseff faz campanha diariamente, basta usar a agenda oficial. Por isso a oposição põe as manguinhas de fora e entra no jogo. Faz parte.
O problema é que a política deixa os palanques e o campo das ideias para entrar nos tribunais. É lá que está a briga pelas regras do jogo. De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF). De outro, o Congresso. Na guerra entre os poderes não haverá vencedores. As tentativas de impor medidas casuísticas, como limitar a criação de partidos, leia-se a legenda de Marina Silva, só tem perdedores: os eleitores, cada vez mais descrentes e desconfiados da classe política. Tanto que nem se lembram em quem votaram pouco tempo depois de ter ido à urnas. É o mesmo que esquecer o direito de exercer a verdadeira cidadania.