A presidente Dilma Rousseff até que tentou evitar. Está mais preocupada
com o equilíbrio das contas, diante dos riscos da situação econômica.
Mas teve que capitular. A rebeldia da base do governo no Congresso não
deixou alternativa. Para tentar conter os ânimos acirrados e as
possíveis derrotas em projetos importantes em pauta, a presidente vai
abrir os cofres. Para desespero do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a
ordem já chegou. De imediato, serão liberados R$ 2 bilhões em emendas
individuais feitas por deputados e senadores ao Orçamento da União deste
ano. Era dinheiro prometido para maio, mas ficou na geladeira por causa
dos arroubos da economia. Agora não dá mais.
Outros R$ 4 bilhões deverão ser liberados até outubro. Assim, a conta-gotas, a presidente tenta manter a rédea em sua base nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado. Tem tudo para dar certo, mas este ano está tão atípico que é preciso esperar para ver. Líderes como o do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), podem sempre aprontar alguma surpresa desagradável para o governo. E têm apetite insaciável, que passa também por cargos e outros favores às custas dos cofres da União.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, cargo que já foi ocupado pelo ex-ministro Luiz Dulci, que quase nunca dava uma entrevista, é quem fica encarregado de defender as ações de Dilma. E ele diz que a liberação das emendas é direito dos parlamentares, vão fazer obras nas cidades pelo país afora, que não é tão o falado toma lá dá cá em troca de fidelidade daqueles que se dizem aliados ao Palácio do Planalto.
De qualquer forma, o governo precisa reagir e é o que está fazendo. Do jeito dos políticos brasileiros, mas não tem escapatória. Importante é tentar encontrar um mínimo de normalidade na relação entre o Executivo e o Legislativo.
Outros R$ 4 bilhões deverão ser liberados até outubro. Assim, a conta-gotas, a presidente tenta manter a rédea em sua base nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado. Tem tudo para dar certo, mas este ano está tão atípico que é preciso esperar para ver. Líderes como o do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), podem sempre aprontar alguma surpresa desagradável para o governo. E têm apetite insaciável, que passa também por cargos e outros favores às custas dos cofres da União.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, cargo que já foi ocupado pelo ex-ministro Luiz Dulci, que quase nunca dava uma entrevista, é quem fica encarregado de defender as ações de Dilma. E ele diz que a liberação das emendas é direito dos parlamentares, vão fazer obras nas cidades pelo país afora, que não é tão o falado toma lá dá cá em troca de fidelidade daqueles que se dizem aliados ao Palácio do Planalto.
De qualquer forma, o governo precisa reagir e é o que está fazendo. Do jeito dos políticos brasileiros, mas não tem escapatória. Importante é tentar encontrar um mínimo de normalidade na relação entre o Executivo e o Legislativo.