Foi bom enquanto durou, Adriana... |
Só hoje fiquei sabendo que a
“first lady” da Tenco Shopping Centers, Adriana
Camargos Gribel, ligou para minha filha, mês passado, jornalista, com ameaças veladas
sobre minha última publicação sobre a TENCO. “Você sabia que ele pode ser preso, já que ele está insolvente”? “Você não acha que isso pode respingar em
você? Eu só estou querendo evitar problemas - dizer que eu não avisei”...
Eu não vou me estender numa
matéria de fácil entendimento. Não vou bater palma pra essa nova rica, casada
com um bundão que por sua vez acabou com seu primeiro casamento em detrimento
de sua ex-mulher e dois filhos, um dos quais, depois de uma meningite quando
bebê, passou a depender de cuidados especiais, tais como “carinho”. O garoto
sempre foi excluído pela segunda família. Estou falando do “dono” da TENCO,
Eduardo Gribel. Tenho um filho de 25 anos autista, portanto sei muito bem o significado da palavra "inclusão" para crianças especiais.
Finalizando essa parte (de cunho
familiar!) esclareço, que conheço Eduardo desde criança, que sou seu primo e
que o pai dele é casado com minha mãe, portanto eu sei do que estou falando
através de uma convivência de mais de – pelo menos - 55 anos.
Tal convivência
sempre foi pacifica até que 2 anos atrás a primeira dama Adriana, resolveu
mexer comigo. Tivesse ela sido mais inteligente, mais madura, menos arrogante e deslumbrada,
problemas poderiam ter sido evitados. Mas, Adriana não sossega. Ela agora optou
por incomodar minha filha, grávida, e, que, por força de sua profissão, acorda
às quatro da manhã, para começar seu trabalho as seis.
Eu sei que tenho muitos defeitos,
mas que fique claro para a governança da TENCO que nunca roubei dinheiro do
povo através de vereadores, deputados e governadores; tampouco “quase” ganhei
uma rua em Belo Horizonte de presente do prefeito para construir um super hotel
(Confira! http://goo.gl/kEeqcE - http://goo.gl/BkpXvP https://goo.gl/1Nlh4R - https://goo.gl/JXf6rJ); nunca fui preso; nunca desalojei dezenas de famílias em
função da construção de um shopping - o Plaza Anchieta - construído possivelmente
nas coxas (Confira! https://goo.gl/JXf6rJ - https://goo.gl/hH0KIu - http://goo.gl/mjN5UP).
Sou aposentado depois de 35 anos de trabalho honesto. Também
sou um jornalista contundente, aguerrido, respeitado pelos meus colegas, combatente,
que gosta de uma polêmica e como todo profissional atuante já respondi a vários
processos – mas, isso para um bom jornalista, é currículo! Tudo que escrevo é mediante provas, e não costumo
brigar com pé-rapado o que me deixa, de cara, na pole position.
Portanto, vamos ao que
interessa...
Os impactos das obras de
construção de um shopping center em qualquer centro urbano não se restringem ao
aumento do tráfego de veículos. As consequências vão da especulação
imobiliária, passando pelo comprometimento da qualidade de vida dos moradores
da região e a mudança da paisagem urbana. Sem falar em efeitos negativos como a
diminuição da qualidade do ar em decorrência dos gases emitidos pelos veículos
e as poluições sonora e visual.
Um empreendimento de um shopping
center é considerado o maior fator de adensamento urbano que pode existir uma
vez que atrai investimentos imobiliários e empresas prestadoras de diversos
serviços.
Para a obra ser compatível com a
região é necessário que se coloque em prática um cálculo da capacidade de
suporte do sistema de circulação em relação à Lei de Zoneamento. Isso é
importante porque, através de cálculos matemáticos, se diz com exatidão o
quanto pode ser construído. Hoje, para o empresário ter mais lucro constrói-se um
shopping center fazendo tudo na base do olhômetro.
Infelizmente, como temos visto,
vivemos sob a égide de um governo corrupto – municipal, estadual e federal e
quando o empresário escolhe um lugar para estabelecer um shopping, não o faz
com base em um levantamento socioeconômico e apenas pressupõe que terá um
grande número de pessoas que vai se deslocar para comprar, gastar, consumir e
dar lucro para o dono. E o impacto desse empreendimento afeta tudo em um raio
de 8 km a 10 km. Essa é a área de influência que terá aumento no trânsito e
onde serão construídos outros empreendimentos satélites. É uma ação em cadeia
que deveria levar o incorporador da obra para cadeia.
A TENCO deveria expor em seu site
estudos que pudessem avaliar os efeitos da instalação de seus shoppings,
principalmente no interior do Brasil, aquilo que chamamos de Estudo de Impacto
de Vizinhança (EIV). Esse estudo é uma ferramenta preventiva de planejamento
urbano apropriada para evitar o desencadeamento do processo de degradação
observado nas últimas décadas em muitos municípios brasileiros e que acarreta
volumosos custos econômicos, sociais e ambientais. Além do EIV, temos também o
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental.
De maneira geral, o EIV
estabelece se a obra é ilegal ou não, e, obrigatoriamente, deve demonstrar a
repercussão que o shopping trará à vida e à atividade das pessoas que vivem em
seu entorno, estimando, também, os efeitos sobre a infraestrutura pública do
local.
Na minha opinião os shoppings
construídos pela TENCO (e outras incorporadoras!) são enormes caixas fechadas
com muitas lojas e serviços dentro da cidade, o que causou um grande estrago na
malha urbana. Isso sem falar no "assassinato" do pequeno comércio de
bairro.
Uma pergunta. Teria a TENCO como
comprovar que em seus shoppings há o tratamento de efluentes e soluções para
diminuir o consumo de energia assim como os seguimentos de crescimento, o uso e
ocupação do solo urbano, entre outros?
Enfim, por favor, não me encham
mais o saco. O momento não está pra peixe e sim pra “delações premiadas”...