“Aqui nesta comissão não há ninguém indeciso. Nós estamos cumprindo uma formalidade, porque na realidade aqui todos nós já temos uma posição, consequência de uma convicção construída ao longo do debate dessa matéria.” Pelo jeito que o senador Álvaro Dias (PV-PR) foi taxativo, o mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) está mesmo com os dias contados. É só uma questão de tempo, e cumprir as formalidades.
Ferrenha defensora de Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), provavelmente sem ter esta intenção, acabou passando recibo da precária situação de Dilma. “Então era melhor cancelar os trabalhos desta comissão”. Cancelar e partir logo para o impeachment? Tire leitor as suas próprias conclusões.
Baixaria por baixaria, teve mais bate-boca na comissão do impeachment. Foi generalizado, mas os protagonistas foram o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).
Tudo por causa da testemunha de defesa Luiz Claudio Costa, que se recusou a responder pergunta de Caiado e logo depois respondeu às questões apresentadas por Fátima Bezerra. Não dá para resistir. Então, vamos lá: Luiz Cláudio é ex-secretário executivo do Ministério da Educação, mas foi mal-educado com o senador de Goiás Ronaldo Caiado.
Outro que está na berlinda, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenta conseguir virar o jogo. E há de fato o risco de ser bem-sucedido e protegido pelos colegas do plenário. Ele já fez a ameaça de delação premiada. Para deputado bom entendedor, meia ameaça basta.
Cunha sabe demais. Das mazelas e do mau comportamento com as contas públicas de boa parte dos seus colegas parlamentares. E o que mais é preciso dizer? Fica até difícil escolher o assunto, tantas são as denúncias.