O Judiciário brasileiro possui problemas que não são de hoje. Não é uma marolinha. Pensando em ilustrar o tema olha só o que achei. O jurista Noé Azevedo (foto), como paraninfo, em 1938, proferiu um interessante discurso na Faculdade de Direito de S. Paulo. "Estamos aqui diante da maior turma de bacharéis formados pela Faculdade de Direito de S. Paulo. São duzentos e oitenta e quatro os diplomados do ano de 1938. Constituirá isto um indício de que há advogados em demasia? ou um sinal de que em nosso meio social ainda há lugares para os profissionais das letras jurídicas?". Para completar, disse ainda que, "sendo o Brasil um país novo, em que surgem a todo momento problemas novos nas relações jurídicas em todos os quadrantes da atividade econômico-social, precisamos de homens cultos para resolver tais dificuldades e, especialmente, de juristas, cujos cérebros constituem verdadeiras antenas, sensíveis às ondulações provenientes dos mais diversos setores da comunidade, e que tratam de evitar os choques, de impedir a confusão, separando e selecionando os fatos, movimentos ou aspirações, subordinando tudo ao ordenamento geral do direito, produtor da sincronização e harmonia". Tadinho do cara...
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