Votação que é bom, nada. Desde a volta aos trabalhos depois do recesso branco eleitoral, só foram aprovadas três medidas provisórias, das 12 que trancavam a pauta
Primeiro foi o blocão. Depois, ele implodiu. O PMDB queria mostrar força para ficar com o comando da Câmara dos Deputados, mas o PP roeu a corda e foi acompanhado pelos demais partidos. Agora, conversa é do bloquinho, que reuniria, no primeiro momento, o PSB, o PCdoB e o PRB. E estaria de portas abertas para receber também a adesão de PDT, PV e PMN. E o PT bate o pé. Quer rodízio na presidência da Casa, só que, em troca, quer rodízio também no Senado, no qual o PMDB nem nome direito tem para ocupar a presidência. Assim é o clima no Congresso, depois de quase três meses parados, até que fossem contadas as urnas. Votação que é bom, nada. Desde a volta aos trabalhos depois do recesso branco eleitoral, só foram aprovadas três medidas provisórias, das 12 que trancavam a pauta. E olha que elas nada tinham de polêmica. As outras são confusão na certa.
A briga de poder no Legislativo entre o PT e o PMDB saiu do controle por falta de comando. Afinal, o vice-presidente eleito é Michel Temer (PMDB-SP), atual presidente da Câmara dos Deputados. Em tese, caberia a ele conduzir o processo e as negociações. Só que Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Casa, atropelou o processo, saiu candidato e tenta criar o fato consumado. No PT, não é diferente. Cândido Vaccarezza (SP) também passou o carro na frente dos bois. É candidatíssimo, nem tenta despistar. Deveria conversar mais com os colegas, mesmo os da base governista. Não estaria tão otimista assim com as chances de vencer.
E olha que as negociações para a montagem da equipe de Dilma mal começaram. Os partidos apresentaram as suas reivindicações e, é claro, que elas são muito maiores do que o futuro governo tem a oferecer. Certo é que haverá gente de beicinho, quando as negociações forem concluídas. Não dá para atender todo mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário