A presidente eleita Dilma Rousseff avança nas definições de sua futura equipe de governo. Depois de definir a área econômica, mantendo Guido Mantega na Fazenda e tirando Henrique Meirelles do Banco Central, ela definiu que Antonio Palocci vai para a Casa Civil, embora a pasta vá perder a gestão do PAC e do programa Minha casa, minha vida.
Até aí tudo como Lula quer.O mercado deu uma caída, mas, depois aceitou bem a indicação de Alexandre Tombini.
A trombada entre Dilma e Lula deve vir mesmo do Ministério da Defesa. O atual presidente quer que ela mantenha Nelson Jobim à frente da sensível pasta. Dilma reluta, mas tem dificuldades de encontrar um novo nome que seja bem aceito pelas Forças Armadas. E olha que o Exército, a Marinha e Aeronáutica estão conquistando notoriedade na operação de guerra contra o crime organizado no Rio de Janeiro.
Quando confirmar a informação de que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) vai para o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Dilma estará fazendo a sua primeira escolha pessoal, Lula concordou. Ela é amiga de décadas de Pimentel. Depois, a presidente eleita terá que passar pela fase mais espinhosa desta etapa de transição. Negociar com os partidos aliados as indicações de ministros. O cobertor é curto para tantas pretensões. Haverá momentos em que ela terá de dizer não. Aí é que a porca torce o rabo.
Este é o problema. É difícil, por exemplo, saciar o apetite do PMDB, que pode se tornar um incômodo no Congresso, ainda mais que já foi decidido que o governo não quer a aprovação de muitos dos polêmicos projetos em pauta que aumentam as despesas. Será uma costura muito difícil.
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