Por mais que se tente pintar com cores bem vivas os três expoentes econômicos da equipe da futura presidente Dilma, as escolhas por ela feitas e, principalmente, a recusa de manter, como sugerido por Lula, Henrique Meirelles na presidência do BC, são claros indícios de que a política econômica vai ser comandada, com rédea curta diretamente do Planalto. Nenhum dos três terá a autonomia que tiveram Meirelles e, enquanto durou, Palocci. A dúvida, portanto, continua : quais serão as linhas de política econômica que a presidente seguirá de fato. As contradições entre os discurso e atos endossados por ela, permanecem. E Dilma tem diploma de economia e reputação de entender de diversos assuntos.
Assessoria especialDurante a campanha chegou-se a falar que Dilma montaria uma equipe de especialistas de alto nível no Planalto, ao estilo da existente na Casa Branca, para ajudá-la a acompanhar o trabalho dos ministérios. Lula teve algo parecido, mas somente nas questões externas, com Marco Aurélio Garcia. Agora, como não sobrou nem o ministério do Planejamento, nem o BC, nem deverá sobrar o BNDES para encaixar, com upgrade, o secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, retoma-se a conversa de que ele poderá ir habitar o Planalto nesta categoria especial. Barbosa tornou-se muito próximo de Dilma e até tirou férias no auge do período eleitoral para assessorar a candidata petista.
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