Não é apenas o governo brasileiro que mudará. Lá fora há uma mudança estrutural em curso e altamente relevante. Os EUA mudaram de estratégia econômica e estão forçando um ajuste cambial por meio de uma política monetária frouxa por dois lados : a taxa de juros negativa e a injeção de recursos por meio da aquisição no mercado de títulos do Tesouro norte-americano. As apostas sobre os efeitos destas medidas são muitas e variadas, mas uma coisa é certa : o capitalismo é um sistema não-cooperativo e qualquer alteração substantiva nas variáveis econômicas dos EUA será refletida nas políticas dos outros países, sobretudo a China. Nesse contexto, estamos sob riscos novos : se antes a continuação de uma atividade letárgica nas economias centrais era o aspecto mais relevante, agora o risco é maior ainda : duma inflação alta no médio prazo ou, até mesmo, uma guerra cambial. Quem contava com o mesmo perfil da economia mundial pode tirar o cavalinho da chuva. Há algo de novo no ar. Para o bem e para o mal.
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