No discurso da apoteose, a futura presidente Dilma, parafraseando Obama, soltou o slogan "nós podemos" para definir a nova situação política da mulher no Brasil, segundo ela interpreta, adquirida após sua eleição. O PT, que já estava tomado de uma grande euforia, já anterior à vitória de domingo, acreditou que ele também podia.
Assumiu, pelo menos publicamente, as rédeas do novo governo e assanhou-se até a disputar internamente quem seria o presidente da Câmara - se Cândido Vaccarezza, se Arlindo Chinaglia, se Marco Maia. A festa durou segundos. O PMDB estrilou e Dilma, com o juízo no lugar, botou Michel Temer para coordenar a equipe de transição, pelo menos no papel em posição hierárquica superior aos petistas antes anunciados como comandantes do grupo - Antonio Palocci e José Eduardo Dutra. Como disse o experiente peemedebista Eduardo Cunha, "eles não vão governar sozinhos".
O PMDB deu a primeira amostra de como será a vida da aliança governista no Congresso. Não deu, não levou. Com "nós podemos" e tudo mais, Obama acaba de sofrer uma derrota quase humilhante nas eleições legislativas de meio de mandato nos EUA.
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