Quando prefeito, César Maia, em julho de 2008, visitando obras de urbanização\saneamento no Complexo do Alemão\Grota. |
Um dia depois de as forças de segurança retomarem o domínio de 13 favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral anunciou que o Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro receberão Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dentro de um prazo de “seis ou sete meses”. Enquanto isso, a segurança das comunidades será feita pelo Exército. Em entrevista coletiva ontem à tarde, Cabral explicou que o tempo para a inauguração das UPPs se justifica para a realização de concursos públicos, além do treinamento de policiais militares para atuarem na região. “Como temos a previsão de formar 7 mil homens em 2011, nós temos um cronograma. E a presença das forças do Ministério da Defesa no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro nos dará a garantia desse cronograma”, afirmou o governador. Já na "boca pequena" o que se ouve dizer é que o buraco é mais embaixo, milicianos e traficantes ainda mandam no pedaço...
A presença de homens das Forças Armadas no conjunto de favelas se dará a contragosto do comando do Exército, que teme o contato direto de militares com o narcotráfico. A avaliação é de que a convivência nos morros possa influenciar os homens do Exército. Inicialmente, 800 militares devem se revezar na segurança das áreas mais críticas do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro. Eles contarão com veículos blindados e armamento especial. Em nota divulgada ontem, o Ministério da Defesa informou que vai avaliar “com celeridade” a solicitação de apoio militar para as zonas onde ocorreram os conflitos.
Os 12 carros blindados da Marinha e do Exército, além dos blindados da Polícia Militar, continuam na porta do 16º BPM (Olaria), que funciona como centro de controle das operações que tomaram do tráfico de drogas os complexos da Vila Cruzeiro e do Alemão. O cenário de guerra continua montado, mas o clima é de paz e tranquilidade. Moradores nas ruas ficam observando possíveis novas ações policiais. A tensão, antes estampada no rosto das forças policiais que atuaram nessas favelas, deu lugar à tranquilidade.
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