A expectativa agora é que o aumento da participação feminina no comando nacional se traduza em benefícios |
A eleição da primeira mulher presidente da República é um feito. Apesar dos avanços em relação à igualdade dos gêneros, o Brasil ainda é um país com tradição patriarcal, principalmente quando o assunto é política. É claro que Dilma não se elegeu por ser mulher. Se não fosse Lula que montou uma estratégia para fazer dela presidente, principalmente, mandando-a repetir que daria continuidade ao seu governo ela jamais teria sido eleita. Mas, antes mesmo de tomar posse, a nova presidente já deu sinais de que pretende fortalecer o papel da mulher na vida pública, pequeno em todo o mundo, principalmente em um país das dimensões que tem o Brasil. Isso ficou claro em seu primeiro discurso já como presidente eleita, logo depois do fim das apurações, e agora com a montagem de seu ministério. Vamos ver se as tais donas são competentes. A julgar por seu ex-braço direito, Erenice....
O primeiro escalão da nova presidente tem nove mulheres no comando, número que supera todos os ministérios já montados no Brasil, desde os governos José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Lula. A expectativa agora é que o aumento da participação feminina no comando nacional se traduza em benefícios e favoreça discussões e projetos importantes relacionados às mulheres, como a questão da legalização do aborto (assunto de que Dilma se enrolou como um rocambole dizendo que não havia dito o que ela disse pra todo mundo no início da campanaha) e a construção de creches, uma das promessas de campanha da presidente eleita e um dos nós que impedem a participação da mulher no mercado de trabalho. Sem um lugar decente para deixar os filhos, não há como trabalhar.
É esperar (sentado!) pra ver...
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