Irritada com o governador Sérgio Cabral, que vazou a informação de que ela se decidira pelo secretário Sérgio Côrtes para o Ministério de Saúde, a presidente eleita, Dilma Rousseff, negou ontem que tenha escolhido o titular da pasta. A bancada do PMDB na Câmara também reagiu e disse que não se sentiria representada por artes, nome praticamente descartado.
Recentemente ao entrar numa loja de departamento, li o seguinte aviso numa porta. "Não admitimos funcionários com o nome no SPC". Perdoe-me o leitor, mas, consigo achar outra palavra. Pobre se fode até na hora de procurar emprego, porque político, por exemplo, que vive em função do voto do trabalhador, pode tudo. Veja o "SPC" do Dr. Sérgio Côrtes, cotado para ministro da Saúde, por Sérgio Cabral!
O Ministério Público estadual vai investigar dez contratos da secretaria, feitos em 2008, que apontam indícios de superfaturamento de R$ 21 milhões na contratação de mão de obra terceirizada. Além disso, o MP abriu outro inquérito para apurar a atuação de empresas privadas que fazem exames para o sistema público.
Os indícios de superfaturamento rondam os contratos firmados em 15 de outubro de 2008, com dez empresas — Personal, Bello Rio, Dinâmica, Construir, CNS, Nova Rio, Hope, Atrio-Rio, VP Consultoria e Bandeirantes — que forneceram à rede estadual de saúde funcionários de nove categorias, de auxiliar de serviços gerais a coordenador operacional.
Antes dessa data, oito empresas (sendo que apenas uma não assinou os novos contratos) já prestavam o serviço. Com os novos acordos, outras três entraram no cenário. O aumento de prestadoras não acirrou a concorrência, gerando diminuição dos preços. O estado pagou R$ 21 milhões a mais do que gastara anteriormente — aumento superior ao índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que era de 6,41%, em outubro de 2008, e é usado para reajustar os valores dos acordos.
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