Desta vez, não teve nem a entrevista coletiva que marcou o anúncio da equipe econômica, o primeiro feito pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Quando assumiram, Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) e Míriam Belchior (Planejamento) falaram com a imprensa. Pouco, mas falaram. Diante da ameaça de rebelião no PMDB, os novos ministros da Casa Civil, Antonio Palocci; da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; e da Justiça, José Eduardo Cardozo; mereceram apenas uma nota, sem direito a falar. Afinal, em boca fechada não entra o enxame de marimbondos que alguns caciques peemedebistas estão cuspindo por aí.
Havia até a possibilidade de que fossem anunciados dois nomes do partido, até para acalmar um pouco a situação. Que nada, mesmo sendo certo que Edison Lobão, apadrinhado do presidente do Senado, José Sarney, vá voltar para o Ministério de Minas e Energia, o anúncio ficou para depois. Estão esperando a melhor oferta. Da mesma forma que a permanência de Wagner Rossi à frente da pasta de Agricultura, apesar de a indicação agradar a boa parte do PMDB, que quer vê-lo continuar no comando do ministério.
A presidente Dilma Rousseff tenta acolher os partidos aliados em uma conta que não fecha. Todos eles querem mais que o imenso ministério (em número de pastas) de Lula tem a oferecer. E o PMDB, que elegeu o vice-presidente da República, Michel Temer (SP), quer ainda mais. Os próximos dias serão de farta distribuição e consumo de lexotan em Brasília. Haja coração forte para tanta tensão.
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