Foi um dia bem típico da política brasileira. No Palácio do Planalto, o presidente Lula estava igual a pinto no lixo (essa é a palavra LIXO!), no balanço que fez de seu governo. Ele estava tão animado que chegou a dizer que “impossível é Deus pecar. O resto, tudo pode acontecer”. E pode mesmo. Quem poderia imaginar, oito anos atrás, quando ele chegou à Presidência da República, que ficariam para trás estrelas do PT como o ex-ministro José Dirceu, e que o Brasil elegeria uma mulher para ocupar o Palácio do Planalto? Pois é. Dilma Rousseff será a primeira a se sentar na cadeira presidencial e era toda sorrisos na festa de despedida de Lula, se é que será mesmo uma despedida, já que ele próprio avisou que não pretende ficar longe da política.
Do outro lado da Praça dos Três Poderes, a festa era outra e será bancada com dinheiro público, à custa do contribuinte. Em tempo recorde, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram o aumento salarial dos parlamentares, que agora terão o mesmo teto dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de R$ 26,7 mil. O problema é que o custo para o país não pode ser medido apenas pela multiplicação por 513 deputados e 81 senadores. É preciso lembrar o efeito cascata nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais das cidades de maior porte. Em Minas, por exemplo, o reajuste é automático, nem precisa ser votado.
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