Não bastasse o apetite peemedebista, Dilma tem ainda que saciar a fome de outros partidos aliados, inclusive o PT, onde há dificuldade para atender todas as correntes |
O PMDB, ao que tudo indica, terá seis ministérios no governo de Dilma Rousseff (PT). Dois nomes já estão acertados, o de Edison Lobão, para o Ministério de Minas e Energia, e o de Wagner Rossi, para continuar à frente da pasta de Agricultura. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, embora os peemedebistas digam que ele é da cota pessoal da presidente eleita, também entraria na conta. O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), faria uma indicação pessoal. Os outros dois ministérios seriam o da Previdência e o de Turismo. Resta agora ver qual será a reação dos peemedebistas e, principalmente, se eles conseguirão entrar em acordo para indicar os nomes.
A definição dos ministérios entre os partidos aliados tem produzido algumas cenas políticas inusitadas. São inúmeras as reuniões de bancada para definir quem indicar. O pior é que, muitas vezes, se misturam bancadas velhas, com parlamentares que não estarão no Congresso no ano que vem, com as futuras, gente que nem tomou posse ainda e já dá pitaco para todo lado. Basta ver a desenvoltura com que o deputado eleito Newton Cardoso (PMDB-MG) deu declarações na semana passada, quase um ultimato a Dilma Rousseff.
Não bastasse o apetite peemedebista, Dilma tem ainda que saciar a fome de outros partidos aliados, inclusive o PT, onde há dificuldade para atender todas as correntes da legenda. O PSB, que cresceu muito nas urnas, também está voraz. E até o PCdoB, sempre bem comportado, desta vez quer mais espaço na futura equipe de Dilma. A disputa entre os aliados está apenas começando, dentro e fora dos partidos.
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