Acostumados ao desconforto em terra, milhões de brasileiros, que pagam seus impostos em dia, feito otários, obrigados à condição de usuários frequentes da aviação civil vão aos poucos tomando conhecimento de que a situação dos aeroportos é igualmente ruim e às vezes precária por trás do balcão das companhias aéreas e dos biombos da própria Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Não ter onde deixar o carro com segurança durante uma viagem curta, penar nas filas de check in, ser surpreendido com atrasos ou cancelamentos e se angustiar ante a demora das poucas esteiras de bagagens já são capítulos de uma novela ruim e muitas vezes repetida. O que não se sabe ao certo é o que se passa com pilotos e comissários nos momentos cruciais da decolagem e do pouso, nem o que ocorre em solo com as aeronaves e com as bagagens. E pra falar a verdade eu não que nem saber, senão não entro em nenhum avião.
Espera-se, portanto, a confirmação do que se tem noticiado a respeito das intenções da presidente eleita Dilma Rousseff de dar à infraestrutura, à regulação e à fiscalização do serviço de aviação civil a agilidade, a despolitização e o profissionalismo que correspondam ao espetacular crescimento do setor. Por enquanto a única coisa certa é o Aerodilma, com salas de banquete, banheiros com hidromassagem, cazinha de cachorro fogão à lenha etc. O fato é que está na hora de ampliar e de tornar realidade a “programação” de investimentos da Infraero, sem preconceitos quanto às parcerias com a iniciativa privada e sem submeter esse estratégico segmento a compromissos que não sejam os assumidos com o conforto e a segurança dos passageiros. A herança maldita de Lula começa a dar as caras...
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