Na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos 82.749 funcionários civis foram incorporados à máquina do governo federal. Um balanço das contratações nos últimos oito anos, a partir de informações do Ministério do Planejamento, dá a dimensão do crescimento da máquina pública no governo passado, que teve como efeito colateral um aumento expressivo dos gastos com serviços terceirizados como copa e cozinha, limpeza, conservação e vigilância ostensiva. As despesas do Orçamento com esses serviços, necessários para manter a máquina em funcionamento, cresceram muito acima da inflação no período. Nos serviços de copa e cozinha, o aumento real chegou a 245%.
Os números de funcionários estão atualizados até novembro de 2010, mas não devem alterar substancialmente o saldo líquido de contratações do governo Lula. Os funcionários civis do Executivo na ativa passaram de 485.741 em dezembro de 2002 para 568.490 em novembro passado.
Em números absolutos, a maioria das contratações foi feita na área de educação: 49.286. Isso decorre da criação de universidades públicas e escolas técnicas, mas, relativamente à máquina herdada do governo Fernando Henrique Cardoso, o maior aumento ocorreu na Advocacia Geral da União, cujo o quadro cresceu 334%, passando de 1.683 em 2002, para 7.820 em 2010.
Despesas com outros serviços executados por funcionários sem vínculo também cresceram acima da Inflação no governo Lula. No caso dos serviços de consultoria, por exemplo, as despesas passaram de R$ 181,606 milhões, em 2002, para R$ 225,610 milhões, em 2010, um aumento de 24,2%, já descontada a inflação do período.
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