Conserta aqui, quebra ali. |
Parece carro velho, conserta daqui, quebra ali. É só crescer um pouquinho mais, que logo aparecem os demônios da inflação e do desequilíbrio da balança de pagamentos, suscitando as tais das "medidas impopulares" para acabar com a festa. Ninguém pergunta por que com a índia e a China, que há décadas crescem por volta dos 10% ao ano, não é assim. O Brasil ostenta a maior taxa de juros do mundo e um dos piores níveis de desigualdade do planeta e os "analistas" não veem relação alguma entre uma coisa e outra. Pelo contrário, apontam como remédio o arrocho do salário mínimo, que ainda anda por volta do seu valor real de 1940 (!). Nesses 70 anos não aprendemos nada. O que está caindo de velho é a nossa acomodação cultural ao subdesenvolvimento, que reduz toda a discussão a uma barganha entre um salário mínimo de R$ 540 ou de R$ 580, sem ninguém para ao menos lembrar que há muito tempo já devia ser de umas quatro vezes isso.
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