Com a crise entre PT e PMDB, a presidente Dilma Rousseff elabora uma estratégia homeopática para atender às demandas do principal aliado no Congresso. Quem viver verá se vai ou não dar certo! Diante da extensa lista de cargos a ser apresentada pelo vice Michel Temer, a ordem é nomear as presidências das estatais com técnicos e diluir outras indicações ao longo do primeiro semestre. O esforço dela é retirar o foco da semana da disputa por postos de direção e assessoramento para poder se debruçar sobre o pacto de segurança pública e contingenciamento do orçamento. Tarefa difícil pra quem se endividou durante a campanha!
A tentativa de determinar de Dilma de que as estatais não sejam ocupadas por políticos vale para todos os partidos e é sublinhada ao setor elétrico. Para a presidente, diretorias da Eletrosul, Eletronorte, presidência da Eletrobras, Furnas e Itaipu não serão abertas aos derrotados nas urnas. Nesta semana, os partidos buscarão fazer uma investida no chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para flexibilizar a ordem e garantir o espaço aos náufragos à deriva desde a eleição de outubro e manifestar contrariedade com a posição do Palácio do Planalto.
A reclamação é de que o PT consegue emplacar seus quadros em qualquer posto e os aliados têm de apresentar técnicos.Claro, alguém duvidava disso! "A coisa agora distendeu, mas o PMDB não pode receber só os tiros. Ninguém fala dos outros partidos", disse o líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN). "O PMDB agora é governo, quer os cargos para dividir responsabilidade e isso não é fisiologismo. Se isso for fisiologismo, eu sou fisiologista porque estou procurando os espaços para buscar o melhor para o governo Dilma", emendou o deputado.
Para aplacar a insatisfação, petistas como Ana Júlia Carepa (PA), Cláudio Vignatti (SC), Altemir Gregolim (SC), além de aliados como Dagoberto Nogueira (PDT-MS), Osmar Dias (PDT-PR) e Bernardo Ariston (PMDB-RJ) não serão agraciados com cargos, pelo menos não no primeiro momento. Os que estão no páreo buscam postos de segundo escalão nos ministérios. Os expoentes são Paulo Rocha (PT-PA), derrotado na eleição pelo Senado e réu no processo do mensalão, e Carlos Abicalil (PT-MS). Ambos são cotados para a cadeira de subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institicionais.
E dá-lhe podridão!
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