Patrick Granja
Nos dias 24 e 25 de janeiro, a equipe de reportagem de "A Nova Democracia" foi à cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro. O município foi o mais atingido pelas chuvas que devastaram a serra nos dias 10 e 11 do mesmo mês. O número total de mortos divulgado até o dia da publicação deste vídeo, já atingia a trágica marca de 871 óbitos, nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
Nos dias 24 e 25 de janeiro, a equipe de reportagem de "A Nova Democracia" foi à cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro. O município foi o mais atingido pelas chuvas que devastaram a serra nos dias 10 e 11 do mesmo mês. O número total de mortos divulgado até o dia da publicação deste vídeo, já atingia a trágica marca de 871 óbitos, nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
Em Nova Friburgo, nossa equipe de reportagem registrou o retrato do barbárie: milhares de famílias abandonadas em abrigos, sem nenhuma perspectiva de recomeçarem a vida, depois de perderem tudo que tinham. Enquanto os gerenciamentos de turno e o monopólio dos meios de comunicação se empenham em culpar o povo pobre pela tragédia, as vítimas desenterram os corpos de seus parentes e tentam resgatar dos escombros o pouco que sobrou do que tinham, fruto de anos, décadas de árduo trabalho.
Como se o abandono e a indiferença não fossem o bastante, o velho Estado agora aproveita o desastre para remover várias favelas da região serrana, muitas delas em áreas de baixada, que não correm riscos. Além disso, com o pretexto de evitar saques, a cidade foi citiada pelas tropas do exército, enquanto milhares de desabrigados buscam respostas dos gerenciamentos de turno, temendo terem o mesmo fim dos moradores do morro do Bumba. Por lá, quase um ano após as chuvas que deixaram 241 mortos na favela de Niterói, muitos moradores vivem até hoje em abrigos sem ter recebido nada dos políticos que, na época, tanto prometeram reparação.
E no fim, tanto o pessoal da região serrana quanto o de Niterói continuarão elegendo os mesmos políticos. Para o poder público é fácil prometer, ele tem a certeza que se não cumprir o povo nada vai fazer, só vai reclamar um pouco "a boca pequena" e depois esquece.
ResponderExcluirTem que se acabar com esse estigma de chamar o povo de pobre como se o fato de ser pobre é sinônimo de burrice. Mesmo sendo pobre é informado e sabia os riscos que corriam e poderiam exigir uma atitude do poder público. Quando a gente não sabe como proceder, temos que ir busca do conhecimento, a acomodação determina o seu presente e futuro.
Nesse sentido, a população que sofreu essa tragédia tem sim parte da culpa tão simplesmente pela sua inércia. Falta a compreensão que o poder público deve obrigatoriamente trabalhar em benefício exclusivo para o povo, pois pagamos para isso. No cotidiano, como por exemplo, assistimos a truculência policial como se nós fossemos submissos aos mesmos e deveria ser exatamente ao contrário, pois diferente do que pensam uma parcela dos policiais nos devem o máximo de respeito, pois estão ali graças ao nosso pagamento.
Já passou da hora da população começar a se unir para acabar com a incompetência do poder público, se unir para punir a Autoridade responsável por determinado setor, afinal é a única que tem autoridade para tal.
Quem é responsável quando você sofre alguma violência urbana justamente por falta de segurança quando afinal você paga para ter?
Acorda povo.