O que sobrou do ultraleve |
Em julho de 2010, Herbert Vianna distribuiu uma ação em face da Ultraleger Indústria Aeronáutica, por perdas e danos. O músico Herbert Vianna alegou que a aeronave que comprou da empresa apresentava um vício de construção, que seria a pouca resistência do material utilizado para sua fabricação. Isso teria provocado a ruptura da fuselagem em vôo e, por conseqüência, a queda do ultraleve que caiu em fevereiro de 2001, em Mangaratiba, no Sul Fluminense. O acidente causou a morte de sua esposa e o deixou em uma cadeira de rodas.
Após analisar depoimentos de testemunhas do acidente, o juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro agindo de uma forma impecável, independente e imparcial concluiu que houve uma sequência de manobras controladas antes da queda, ou seja, que não houve perda do controle direcional da aeronave por conta de uma eventual falha estrutural, e indeferiu o pedido de indenização.
Mas, como de praxe, é compreensível que sempre uma das partes recorra da decisão de 1ª instância, e nesse caso, a ação segue para a 2ª instância, ou seja, para o Tribunal de Justiça.
Hebert Vianna |
Aliás, os desembargadores deveriam conhecer um ultraleve de perto. Na estrutura do aparelho é colocado o seguinte adesivo: Experimental – vôo por sua conta e risco. É o mesmo que dizer, cuidado, cautela, precaução – nada de gracinhas!
Em função da flagrante derrota em 2ª instância, semana passada, fica aqui uma pergunta que não quer calar. Será que o pai de Hebert Vianna, o poderoso brigadeiro da aeronáutica, Hermano Vianna, tem alguma coisa a ver com isso? Eu explico.
Brigadeiro Hermano Vianna |
O brigadeiro da reserva Hermano Vianna atuou afinco nos anos de chumbo nos serviços de inteligência da ditadura, certamente deve ter feito um monte de inimigos, mas também passou a ser uma caixa preta, cheio de informações privilegiadas. O brigadeiro foi ex-vice-presidente do pomposo CEU – Clube Esportivo de Ultraleve, na Barra da Tijuca, e hoje preside a ABRAFAL – Associação Brasileira dos Fabricantes de Ultraleve, que tem como princípio “postular, perante as autoridades e entidades competentes, sobre os assuntos relativos à atividade das empresas associadas”, ao custo de 500 reais por mês por associado. Será que a Ultraleger Indústria Aeronáutica teve a chance de contar com a ajuda da ABRAFAL?
Poucas vezes eu li um despacho feito com tamanha isenção e conhecimento de causa. Parabéns Dr. Olinto! Só espero que seu trabalho seja reconhecido em Brasília, e a justiça seja feita.
Brigadeiro poderoso?????????????
ResponderExcluirVc parou em 1985.
Brigadeiro ainda tem poder dentro dos muros das bases aéreas e depois que vão pra reserva e põem o "pijama" ninguem nem lembra que eles foram brigadeiros.
Sou militar da Aeronáutica, dentro das casernas aprendemos o significado e a importância da hierarquia. No caso do Brigadeiro Viana u de qualquer outro brigadeiro, o ditado popular " rei morto, rei posto " não se adota. Poucos chegam a Oficial General e estes, mesmo na reserva ou reforma são muito respeitados. E olhem que não sou oficial porém, a verdade tem que ser dita.
ResponderExcluirBrasil, o cara é responsável por um homicídio e é indenizado por responsabilidade de outrem... Ah... Brasil...
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