Já começou errado. Para início de conversa, é preciso, antes de qualquer coisa, desarmar os espíritos. E é exatamente o contrário o que está acontecendo. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou um projeto de lei para realizar, em 1º de outubro, um plebiscito sobre o comércio de armas e munições no país. Olha o porco se preocupando com o toucinho aí, gente! Em meio à comoção com o trágico episódio no Rio de Janeiro, com a morte de adolescentes inocentes, é natural que o Congresso reaja. O problema é que a comoção nacional não é boa companhia para a sensatez. Resultado uma discussão que precisa ser feita com seriedade e serenidade se torna passional. Não vai dar certo.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que não perde a caminhada, foi logo pondo o dedo na ferida. Diz ele que o foco da discussão está errado e que poderia “tirar a arma do cidadão de bem e manter o marginal armado”. É um bom princípio. O próprio atirador do Rio conseguiu comprar revólveres por R$ 200, R$ 300. Armas pouco potentes. Os traficantes de drogas, que podem pagar mais, usam fuzis de exércitos de vários países, com poder de fogo muito mais letal. Um revólver calibre 38 não tem a menor chance contra um fuzil de assalto AK-47, que vem da Rússia. Até a polícia tem medo dele. Sem contar que é o próprio Estado quem abastece os moros cariocas, porque arma não anda, não tem pernas...
Se é para buscar uma solução, é melhor começar pelas fronteiras, por onde entram essas armas que armam o tráfico de drogas nos morros pelo país afora. É melhor pacificar esses lugares, mesmo que repetindo a boa performance do Exército no Complexo do Alemão, levando os traficantes para a cadeia e destruindo o que for apreendido de armamento. O que não se pode fazer neste momento é, no calor da emoção, dar um tiro no escuro e correr sério risco de acertar o próprio pé.
Muita dor e sofrimento para as famílias que perderam seus filhos tragicamente, apenas e tão somente Deus para confortá-los; entretanto não podemos deixar de observar que esse jovem, com certeza possuía algum transtorno mental, paralelo a isso desde criança sofreu perseguições pela sua postura distanciada dos demais, agora a pergunta que não quer calar? O que fez essa mesma escola através de seus professores e diretores para ajudá-lo, inclusive muitos desses foram professores dele o conhecia e percebiam a dificuldade do Wellington em se relacionar com outros, quais foram às oportunidades que lhe deram para tentar uma convivência sem tantos sofrimentos interiores fruto de abandono desde tenra idade, criado em meio provavelmente de fanatismo religioso que só fez agravar seus quadros psíquicos.
ResponderExcluirNão estou aqui querendo dizer que não foi grave o que ele fez, sim foi gravíssimo, com certeza se Wellington estivesse vivo não seria tratado como um criminoso comum, qualquer psiquiatra atestaria sua insanidade. Senhores pais quer biológicos ou não, professores, pessoas em geral avaliem suas postura frente a brincadeiras hostis seja com quem quer que seja, o bullyng é muito comum e muitas vezes as pessoas que sofre esse abuso silencia, chamar as pessoas de 'baixinha, dentuça, gordinho (ucho)" etc., desmerecer ao próximo pela sua condição social ou ainda por ser de outro Estado pode não ser nada para quem está praticando o ato numa atitude cínica de 'estou apenas brincando', mais para o outro é dor e sofrimento, parem com essas mediocridades já, parem com a xenofobia, ou qualquer outra forma de discriminação.
Espero que o Estado enquanto Nação possa avaliar essas questões nas escolas como um todo, e não queira aproveitar dessa calamidade para investir tempo e dinheiro público em mais um plebiscito isso está visível que se trata de manobra política para transferir suas responsabilidades para a população.
Deus tenha misericórdia de nosso país.