Bonnie Parker, mulher de Clyde Barrow |
Parece que, finalmente, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) vai conseguir exorcizar o fantasma de seu tesoureiro na campanha de 1989, Paulo César Farias. Processado pelo Ministério Público por crime de improbidade administrativa, Collor foi inocentado, depois de vários recursos, pelo Superior Tribunal de Justiça. Inocentado talvez não seja o termo apropriado. Collor escapou da punição porque os ministros do STJ entenderam que a lei não poderia retroagir para prejudicar o réu. É um preceito constitucional. O crime do ex-presidente teria sido cometido durante a campanha que o levou ao Palácio do Planalto em 1989. A Lei de Improbidade Administrativa é de 1992.
O caçador de marajás fez uma campanha eletrizante em 1989, disputando contra pesos-pesados como Luiz Inácio Lula da Silva, que foi para o segundo turno; Mário Covas, que era o principal líder do PSDB na época e Leonel Brizola, que disputava sua primeira eleição presidencial, depois de voltar do exílio e governar o Rio de Janeiro. PC Farias, que depois seria assassinado, era o tesoureiro da campanha e ficou responsável pela administração dos restos dos trabalhos, uma fortuna. Collor se beneficiou desses restos e acabou afastado da Presidência da República, com a abertura de seu processo de impeachment.
Hoje, Collor está de volta à vida pública, é aliado do governo petista da presidente Dilma Rousseff e foi aliado do governo do ex-presidente Lula, o “sapo barbudo” na época da campanha de 1989. É assim a política brasileira. O mundo gira, o tempo passa e a memória dos eleitores, que já não se lembram em quem votaram em outubro, é fraca.
Inveja dos elefantes...
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