Primeiro, relembre o que foi a chacina de Unaí
Nelson José da Silva, João Batista Soares Lages, Erastótenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram mortos enquanto realizavam fiscalização em Unaí (MG) |
O motorista Aílton Pereira de Oliveira, mesmo baleado, conseguiu fugir do local com o carro e chegar à estrada principal, onde foi socorrido. Levado até o Hospital de Base de Brasília, Oliveira não resistiu e faleceu no início da tarde. Antes de morrer, descreveu uma emboscada: um automóvel teria parado o carro da equipe e homens fortemente armados teriam descido e fuzilado os fiscais. Erastótenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva e João Batista Soares Lages morreram na hora.
Em 28 de janeiro de 2004, os quatro, funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego, foram assassinados enquanto realizavam uma fiscalização rural de rotina na região de Unaí, Noroeste de Minas Gerais. O caso ganhou repercussão na mídia nacional e internacional, o que levou o governo federal a uma verdadeira caçada aos executores e mandantes do crime.
Depois de ler o texto abaixo, pergunte a si mesmo: o povo brasileiro merece a "justiça" que tem? Aliás, esse é um quadro que se repete em muitas instâncias da Justiça e que só terá solução com a reforma urgente no Poder Judiciário.
Depois de sete anos preso deve ser julgado, ainda sem data prevista, um dos acusados de ser o pistoleiro do caso da chacina de Unaí. Quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça determinou que Rogério Alan Rocha Rios seja julgado imediatamente, pois ele está preso preventivamente há muito tempo. Agora fica uma pergunta: E se ele for inocentado? Qual será a reparação por anos de prisão? E se não for? O que justifica tanto tempo sem uma condenação? Não só ele, mas também outros acusados do caso Unaí, que teve repercussão nacional graças à brutalidade com que três auditores e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados na cidade que acabou dando nome à chacina.
O próprio Judiciário admite a morosidade para o julgamento desse crime, que completou em janeiro sete anos, mas alega excesso de réus, o que complica a tramitação do processo, e excesso de prazos. Só não fala na preguiça pra trabalhar, numa semana que começa terça e acaba na quinta-feira, nas mazelas e falta de compromisso do judiciário para com o povo trabalhador! O acusado de ser o pistoleiro foi mandado a júri 10 meses depois do crime, pois o processo foi instruído e concluído rapidamente. O resto do tempo todo foi consumido com infindáveis recursos. E olha que ele vai ser julgado ainda em primeira instância, o que garantirá mais uma série de recursos até que o assunto transite em todas as instâncias do Poder Judiciário. Isso significa mais anos e anos de impunidade, ou injustiça? E esse ainda é um caso de repercussão internacional, que conta com a vigilância constante da imprensa. E nos casos ditos “menores” , aqueles cujos protagonistas não são “famosos”?
Esse é um quadro que se repete em muitas instâncias da Justiça e que só terá solução com a reforma urgente do Poder Judiciário. Até ano passado era uma das bandeiras do Congresso Nacional, encampadas pelo atual ministro do Supremo, Luiz Fux, na época ministro do STJ e coordenador do grupo de juristas criado pelo Senado para tratar da reforma dessa legislação. O anteprojeto para o novo Código Penal está pronto desde 8 de junho de 2010. Mês que vem completa um ano. Mas tramitar, que é bom, nada. E o governo do PT, fez o que além de garantir a impunidade aos latifundiários?
Penso que chegou o momento justo para manifestarmos e acabar de vez com a impunidade..."O juizo final".O velho se foi e o que resplandecera é o novo,a paz... projetos com raizes fortes ,novos governantes sem partidos e hipocrizia.Somos um so...A uniao faz a força e acredito que todos nos estamos dentro de um arco dourado...e que agora vai.. tudo sera possivel! Acredito em Deus, na força maior que o universo começou a conspirar esses dias a favor de um mundo melhor.Cada um fazendo sua parte com amor e justiça,tudo pode dar certo!amor sempre!
ResponderExcluirAMP
A justiça dos olho por olho dente por dente não falha , aguardem.
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