Embaixada do Brasil na Praça Navona, em Roma: gastos com cerimonial ultrapassaram os limites da razão. Viva! |
Um casamento dentro do luxuoso Palácio Pamphilj, em Roma, chamou a atenção dos turistas que passavam pela Praça Navona, um dos pontos turísticos mais frequentados da capital italiana. O palácio tem história, requinte e pertence ao governo brasileiro: sedia a Embaixada do Brasil. É também a residência oficial do embaixador José Viegas Filho. Ele e a mulher, a escritora peruana Erika Stockholm, organizaram o casamento e receberam amigos no Pamphilj, em meados do ano passado, num dos espaços mais amplos e suntuosos do Centro Histórico de Roma. O embaixador disse que a confraternização foi custeada pessoalmente por ele. Quero ver as notas fiscais! Será que não há impeditivos para a realização de eventos de cunho privado no palácio? Viegas diz ter pago a conta do casamento, mas os salários, as horas extras dos funcionários e as despesas de consumo no palácio são custeados pelo Itamaraty, sacana!
Na mesma embaixada, Viegas e Erika decidiram reformar dois dos sete quartos de hóspedes da parte residencial do Pamphilj – palácio com quase seis séculos de história – para receber três parentes de Erika, que não estavam em missão diplomática. Tudo pago com o nosso dinheiro.
O embaixador admite que as reformas foram custeadas por dotação orçamentária voltada a "serviços e atividades de manutenção do posto (da embaixada)". "Os serviços nos dois quartos limitaram-se a atividades de pintura e reparo, que não afetaram em nada a estrutura do edifício ou o projeto original do palácio", justificou o embaixador de merda. "Os quartos são utilizados para abrigar hóspedes oficiais e privados." Então, tá. Eu também quero me hospedar aí, se é assim!
Situações como a da Embaixada do Brasil em Roma se repetem em diferentes representações brasileiras no exterior, o que "motivou" investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nos últimos 10 anos. Dois auditores da 5ª Secretaria do TCU acabam de chegar de Nova York, onde fica o escritório financeiro do Itamaraty. É dele que o Ministério de Relações Exteriores administra repasses anuais de mais de R$ 1 bilhão para as 235 representações brasileiras no exterior. O uso do dinheiro é fiscalizado pelo Itamaraty e não passa pelo crivo de órgãos externos. Cachorrada! Cada embaixador que passa por Roma, reforma a porra do palácio e ninguém diz nada. Uma das que mais gastou foi a embaixatriz perua Lúcia Flecha de Lima.
As embaixadas do Brasil em Roma e em Berlim, na Alemanha, são as que mais gastam. Há uma série de atos ilícitos nas representações do Brasil, ou por má-fé ou por desconhecimento da legislação, o fato é que do jeito que está não pode continuar. Somente em 2009, 8 mil prestações de conta de embaixadas e consulados foram remetidas ao escritório do Itamaraty em Nova York. E apenas o próprio Itamaraty analisou esses balanços. Das 235 representações brasileiras, 209 (89%) estão fora do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, programa que controla os gastos da União.
O TCU tem dificuldades para detectar as irregularidades. Realmente é muito difícil, ou será irresponsabilidade mesmo? Uma das tomadas de contas mais importantes no ano passado, dentre as poucas relacionadas a embaixadas e consulados, refere-se a suposto desvio de recursos arrecadados por um consulado brasileiro na Venezuela em 2004 e em 2005. A quantia é de US$ 23,8 mil. Atualizado pela inflação, o montante chega a R$ 50,3 mil, dinheiro que o ex-vice-cônsul investigado terá de devolver, conforme cobrado pelo TCU. Decisões como essa são raras, certamente, no caso, porque alguém não dividiu alguma coisa.
No ano passado, a verba destinada a cerimonial na Embaixada do Brasil em Roma superou o valor permitido pelo Itamaraty. A rubrica inclui os eventos, cafés da manhã, almoços, jantares e coquetéis oficiais. O gasto não pode superar 20% do total destinado para serviços e consumo na embaixada. Segundo o embaixador José Viegas, o déficit foi de apenas 91,79 euros (R$ 210), "devidamente informado aos órgãos de controle". "O déficit foi em função da sensível intensificação das atividades de representação e promoção comercial e cultural da embaixada."Ah, bom!
Roubo em Paris
No fim de outubro de 2010, o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani, avisou a Coordenação de Patrimônio do Palácio do Itamaraty que 18 obras de arte desapareceram das dependências do prédio em Paris. Desapareceram? O caso, porém, foi abafado por causa das eleições e só se tornou público em fevereiro desse ano. Peças, entre quadros, gravuras e tapetes, doadas por autoridades e artistas, sumiram sem que nenhum funcionário do local percebesse. Não houve, à época, registro de ocorrência policial de roubo. O assunto foi tratado de forma sigilosa pelo Ministério das Relações Exteriores, que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. Até hoje não se sabe o que aconteceu.E nem vai saber... cara mia...
Estou de pleno acordo!!!Mamma mia!!
ResponderExcluirSo ha uma solucao: a morte. Deveriamos acabar com esses politicos vagabundos, nojentos, filhos da puta.
ResponderExcluirBrasil um pais de todos? O caralho!
porque nao aparesce mais uns Euardos Homem em todas as 235 representaçoes do Brasil pelo mundo a fora para denunciar estes vagabundos que tem vida de luxo gastos inexplicaveis mordomias de reis e se acham os donos do mundo sao arogantes bastardos que estao la por um empurraozinho de alguem que tambem nao deixa de levar o dele... digo isso com certeza porque presenciei fui um funcionario deste cortiço nojento com pessoas que nao deveriam ter um cargo desta altura num Brasil que dizem ser de todos... ha de alguns isso sim.
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