As máscaras começam a cair |
Num dos momentos-chave do segundo turno das eleições presidenciais, em 15 de outubro do ano passado, a então candidata Dilma Rousseff jogava a toalha na luta por princípios que defendia até então: a legalização do aborto, a criminalização da homofobia e o direito dos gays ao casamento. Pressionada por grupos evangélicos, a presidenciável assinava uma carta, "Mensagem da Dilma", em que defendia a manutenção da legislação em vigor sobre o aborto — que permite a intervenção da gravidez apenas em casos de estupro e risco de morte para a mãe.
Além disso, abordava questões relacionadas aos homossexuais: "Não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião do país."
Antes da campanha eleitoral, porém, Dilma já tinha dado pelo menos duas declarações dizendo que o aborto era um direito da mulher e questão de saúde pública. A mudança do discurso de Dilma tinha uma razão clara: ela tinha virado alvo do que foi chamado pelos petistas de uma "central de boatos", que, principalmente pela internet ou por panfletos distribuídos em templos, a apontava como defensora do aborto.
Na carta, Dilma também se refere ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que pune atos de discriminação contra homossexuais. Ela se comprometia a só sancionar os artigos que "não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil". Taí deu no que deu...
Excelente, Eduardo!
ResponderExcluirA campanha da Dilma foi muito suja, principalmente em razão dos verdadeiros boateiros petistas.
Felicidades!