Caiu quase como uma providência divina o adiamento da votação do projeto do novo Código Florestal esta semana, por causa da viagem do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), à Coreia do Sul. É que militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) estão em Brasília fazendo as suas reivindicações. Já imaginou a confusão que poderia dar?
O Palácio do Planalto, por outro lado, pode pôr as barbas de molho se resolver insistir em endurecer o jogo e forçar algumas garantias da área ambiental que os ruralistas não aceitam. Tanto que eles decidiram que nada será votado antes do projeto do novo código. Nem mesmo a medida provisória que muda as regras de licitação para facilitar as obras para a Copa do Mundo de 2014. A decisão foi tomada pela maioria dos parlamentares. Aliás, o cálculo de gente que entende do comportamento do plenário prevê que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) conta com o apoio de pelo menos 400 deputados. É uma conta que parece ser muito realista.
Talvez esse temor explique as declarações agressivas do líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), se dizendo autorizado a fazer ameaças pelo próprio Palácio do Planalto. Os ruralistas não conseguiram impedir a derrubada da sessão na semana passada, mas o troco vem. É apenas uma questão de tempo. Vai ser muito difícil o governo conseguir virar o jogo em plenário.
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