Derrubar sites, desfigurar páginas oficiais colocando mensagens diversas é coisa de hacker iniciante. Invadir banco de dados de domínios públicos ou de instituições financeiras já é coisa de quem tem, digamos, mais intimidade com o assunto. O que se viu nesses últimos dias no Brasil pode até ser coisa de amador, pois muitos dos dados que teriam sido divulgados como sigilosos foram contestados pelo governo e até mesmo por outros internautas. Mas ainda que não se divulgue nenhum dado, só o fato de eles conseguirem tirar um site fora do ar, como da Infraero, por exemplo, é algo muito preocupante. Imagine se isso acontece na Copa? A questão, repito não é exposição de dados realmente confidenciais, mas a cagalhofança que eles estão fazendo. Bilhões de acessos por minuto.
Também não se sabe ainda qual é a verdadeira motivação dos ataques e se eles são feitos por grupos organizados – alguns até chegaram a reivindicar a autoria dos atentados – ou se são ações isoladas, motivadas pela exposição que o assunto ganhou nos meios de comunicação, não obstante eles estejam dando explicações através do endereço http://dlvr.it/XpyhF.
O que chama atenção nesses últimos acontecimentos é o fato de ter sido uma ação combinada via redes sociais e direcionada contra sites do governo. E o que interessa a partir de agora é que essa atuação, seja vista por brincadeira ou por questões ideológicas, a fragilidade dos sistemas de informática do governo e o risco que o país corre se o caso crescer e tomar proporções maiores. Por isso é importante que o Congresso Nacional se debruce sobre a discussão da lei de crimes virtuais. Não uma lei que engesse a maior invenção dos últimos tempos como desejam alguns políticos. Mas uma legislação que regule o uso e puna os crimes virtuais. Há quem diga que isso está partindo do próprio governo para desestabilizar o direito de expressão através das mídias sociais... É pode ser.
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