PSDB e companhia comemoraram a demissão de Antonio Palocci como uma grande vitória, mas no fundo, no fundo eles gostariam que o incauto permanecesse por mais algum tempo no governo, como ferida que sangra a qualquer toque. Sem Palocci, acabou-se o que era doce – muito doce – para a oposição, que agora se vê obrigada a buscar outro alvo.
O problema é que não é qualquer dia que se encontra um alvo do tamanho de Palocci. Vão bater em quem? Na nova ministra sem currículo Gleisi Hoffmann? No apagadão ministro Luiz Sérgio, que saiu para pescar? Em outros ministros sem expressão e sem maiores atrativos políticos? (Aliás, o governo Dilma está recheado deles).
Palocci ferido pelas denúncias de enriquecimento ilícito era o presente que tucanos e demistas pediram a Deus neste primeiro semestre. Além de atingir em cheio o coração do governo, eles acertaram, por tabela, o ex-presidente Lula, fiel protetor do ex-ministro da Casa Civil. É uma vingancinha contra o mesmo Lula que durante o seu governo colocou no bolso todos os partidos de oposição. Fizeram denúncias atrás de denúncias e o petista chegou ao fim do mandato com mais de 80% de aprovação.
Lula estava certo quando disse na quarta-feira que o ex-ministro foi demitido na hora certa. Quanto mais tempo permanecesse no governo, mais agressivos ficariam os ataques de DEM e PSDB e mais triunfante seria o desfecho da história para esses partidos. Enterrando o cadáver, nada mais resta que o choro, de um lado, e o silêncio, do outro. Capítulo encerrado.
O próximo será o caso Batistti!
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