Os líderes dos partidos aliados apresentaram ontem à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a fatura pelo apoio ao governo neste primeiro semestre. Eles querem o empenho de 50% das emendas individuais – aproximadamente R$ 2 bilhões – até 15 de julho, quando começa oficialmente o recesso parlamentar, e a prorrogação, até dezembro de 2011, do decreto que libera os restos a pagar de 2009. Além disso, cobram agilidade na nomeação dos cargos, já que 75% do segundo escalão ainda segue em aberto.
Os deputados também pediram a Ideli que os parlamentares de primeiro mandato recebam recursos para atender as bases. Eles "herdariam" as emendas dos que não foram reeleitos. "A liberação das emendas vai além de um pedido. É uma determinação desta Casa”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Menos de 24 horas após tomar posse em substituição ao petista Luiz Sérgio, Ideli já enfrentou a primeira crise: os deputados não gostaram da ausência dela no almoço com o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP). No mesmo horário, ela almoçava com os senadores do PR, convocada por Dilma. "Três senadores do PR devem ser mesmo muito mais importantes que 400 deputados", criticou o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).
Ideli enviou ao almoço o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais, Cláudio Vignatti (PT-SC), com quem ela não fala e que ainda não tem certeza se permanecerá no cargo. Diante da avalanche de críticas, Vignatti ligou na mesma hora para Ideli e sugeriu que ela abrisse um espaço ainda ontem na agenda para receber os deputados, em vez de deixar o encontro para amanhã, quando a maior parte dos parlamentares estará em seus estados. Cagou... Para complicar ainda mais a vida da nova ministra, o antecessor Luiz Sérgio – atual ministro da Pesca – compareceu ao almoço com os líderes. E foi bastante aplaudido.
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