O juiz Jeronymo Villas Boas, de Goiás, que cancelou o registro de união estável de um casal homossexual, disse nessa quarta-feira que Deus o "impingiu" a decidir nesse sentido. |
É assim que os serial-killers agem! Dizem-se a mando de Deus e depois quando são aprisionados passam a andar com a bíblia debaixo do braço.
Quem não se lembra do fundador da igreja Templo dos Povos (Peoples Temple), e mentor do suicídio em massa da comunidade de Jonestown, na Guiana, em 18 de novembro de 1978, com o resultado de 918 mortes, por envenenamento. Ele também se dizia “impingido” por Deus.
O trágico episódio ocorrido na Escola do bairro do Realengo aqui no Rio de Janeiro é outra expressão do fanatismo religioso. Segundo o estudante, a violência cometida por ele era um pedido do deus dele.
Será que esquecemos o triste caso do rio Tauarí, no Acre, onde fanáticos “evangélicos” promoveram um massacre em “nome de (seu) deus”? Um pai matou o próprio filho com um machado. Em nome de deus. O esposo matou a esposa, também em nome de deus. E o "pastor" que comandou a chacina foi solto por que a justiça entendeu que ele não gozava de plena saúde mental. Cabe a pergunta: como é que deixam que um "doido" se tornar pastor para "evangelizar" os ribeirinhos? Da mesma forma que deixaram um maluco se tornar juiz, simples!
Segundo o doutor Jeronymo Villas Boas “A sociedade não se divorcia das regras morais, e essência do pensamento coletivo...” Nós coexistimos em igualdade...” Que belezura, gente!
O senhor não acha que Deus também deveria lhe “impingir” devolver o auxílio-alimentação que receberá, já que o representante dele na terra ganha 23 mil reais? Ou esse auxílio é uma regra moral? O doutor já goza de 60 dias de férias – ao contrário dos demais trabalhadores – e ainda assim tem a cara de pau de dizer que “Nós coexistimos em igualdade...?”. E como não bastasse o “tal” auxílio esse capeta e seus pares ainda estão brigando por um aumento de 15%. Aprovação garantida em causa própria.
Deus acaba de me “impingir” algo. Ele quer que eu diga para o doutor que saia do seu Palácio da Justiça, de seu confortável gabinete pegue sua mulher e filhos e faça uma visita nas favelas e lixões, aí mesmo em Goiás, onde não existe auxílio-alimentação.” Quero ver o Dr. Jeronymo disputar uma comidinha com urubus...” disse-me Deus, muito chateado!
Pra terminar mais uma pergunta: o senhor vem para a parada gay aqui no Rio, em setembro? Venha de “anjo do senhor”...
Prezado Eduardo,
ResponderExcluirO penúltimo parágrafo serve para muita gente engravatada,dos três Poderes, de várias cidades...
Um grande abraço!
André Triani.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Ótimo texto, meu amigo, isso é fato, que igualdade é essa? Nunca tive 60 dias de férias, nunca tive um salário maior que R$ 900,00, nunca tive auxílio de PORRA nenhuma. E me vem um Juiz SEM NOÇÃO dizer que COEXISTIMOS DE IGAULDADE. Meu Deus, onde vamos parar com essas autoridades HOMOFÓBICAS?
ResponderExcluirMeu prezado jornalista que usa do seu direito de se expressar, até de forma as vezes preconceituosa, ora se o sr. têm o direito de dizer o que pensa sobre o que acha uma pessoa e baseada nisso toma uma decisão, porquê não essa pessoa sendo juiz usufruindo de seus direito também não pode fazê-lo? Por favor veja abaixo que o juiz não foi obrigado somente, pois "impingir" também pode ter outras definições de acordo com os dicionários.E o correto é impingiu tá bom!!
ResponderExcluirimpingir
Significado de Impingir
v.t. Obrigar a aceitar.
Dar com força, pespegar.
Fazer acreditar.
Obrigar (alguém) a aceitar (qualquer coisa).
Vender por mais do que o justo valor.
Fazer tomar uma coisa por outra.
Anônimo do andar de cima:
ResponderExcluirEscrevo apenas as minhas opiniões. O blog é um segmento "opinativo". Não decido, tampouco prejudico a vida de ninguém! Já o juiz é um empregado do povo, e como tal deve tão somente aplicar a lei. Ele deveria se conter e manter a boca fechada, e quando abrí-la ter muito cuidado pra não falar merda! Se vc me acha preconceituoso, respeito sua opinião. Se vc acha que meu português não é bom, também respeito. Vc só não vai poder achar que eu sou um covarde do tipo que dá o tapa e esconde a mão. Tenho horror a gente que escreve o que pensa mas não tem o culhão de assinar embaixo como o JBD!
O blogueiro.
Quanto ao meritíssimo digo: “Deixe que os mortos enterrem seus mortos” (Jesus), a decisão do STF é pela garantia dos direitos patrimoniais e em nada irá afetar o que eu penso do ponto de vista da palavra de Deus.
ResponderExcluirO STF decidiu de forma unânime sobre a validade jurídica da união estável homossexual; e não apenas resolveu o caso concreto usado como paradigma, porém aplicou seus efeitos de forma vinculante a todos os casos semelhantes espalhados pelo país.
Inicialmente os ministros partiram do raciocínio que o artigo 1.723 do Código Civil é inconstitucional, isto é, as regras que limitavam a validade da união estável apenas para os heterossexuais feriam princípios e garantias constitucionais muito maiores que simples requisitos de validade do instituto jurídico.
O objetivo dos ministros na verdade foi assegurar aos casais uma estabilidade financeira e emocional através de direitos básicos em uma relação familiar, tais como: nome, alimentos, pensão por morte, assistência, fidelidade, honra e memória, sucessões e divisão dos bens.
Com a vinculação do entendimento todos os juízes terão de reconhecer o vínculo familiar nas relações homossexuais e aplicar os direitos inerentes as relações familiares independentemente do sexo dos cônjuges. A dignidade da pessoa humana que é uma das bases na nova geração de direitos devendo ser elevada e tratada em primeiro plano quando confrontada com outros princípios constitucionais a exemplo da liberdade religiosa.
Apesar de não haver unanimidade quanto à união estável homossexual, o direito não podia continuar ignorando uma parcela da sociedade que paga seus impostos e que de uma forma ou de outra contribuem para a formação da consciência social.
Assim, podemos dizer que o STF apenas deu eficácia a mandamentos previstos desde 1988 na Constituição da República, mas que naquela época a sociedade ainda não tinha maturidade suficiente para entendê-los. O conceito de família mudou e essa mudança está estampada na própria lei Maria da Penha (já considerada constitucional) que diz que para ser família basta que as pessoas se considerem aparentadas.
É uma evolução muito grande que gera segurança jurídica e estabilidade aos homossexuais, mas que ainda não permite o casamento civil.
Oi Eduardo!!
ResponderExcluirBrilhante o seu texto, tiro desde já o meu chapéu e o aplaudo com vigor!!!!
Ao ver a reportagem sobre o Juiz Jeronymo, fiquei abismada com a petulancia proposta e fui atrás de mais informacoes, dando uma vasculhada pela internet... Parece que o nosso juiz nega o rótulo homofóbico, mas atua com bastante grandeza... Fiquei ainda mais surpresa ao ver a quantidade absurda de internautas simpatizantes e apoiadores com a "causa" deste homem, que agora, ganhou repercusao e fama... Considero válida a ideia de nos unirmos contra o preconceito desses "cabecinhas". Acabei de escrever sobre o bom pastor, agora é só esperar as pedras caírem...
Beijao pra voce!