Para bom entendedor, meia pauta da Câmara dos Deputados esta semana basta. Ainda no meio do fogo cruzado com as várias crises políticas dos últimos dias, o próprio Palácio do Planalto decidiu tirar o pé do acelerador. Até mesmo o desejo de apressar as licitações para as obras da Copa do Mundo é capaz de ser prioridade. E olha que houve reunião em Brasília com governadores e prefeitos exatamente sobre esta questão. Mas não é hora de correr riscos. Enquanto o governo tenta pôr panos quentes em cima das confusões, melhor é pôr na pauta o tratado do Unasul e a reformulação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As polêmicas ficam para depois, para quando a poeira abaixar.
Na semana que vem, também nada polêmico, a menos que a crise já esteja controlada, vai entrar na pauta. Só daqui a 15 dias, a base governista na Câmara dos Deputados vai voltar a tratar da Copa do Mundo. Será a vez da medida provisória que cria a Secretaria de Aviação Civil, que tira essas atribuições do Ministério da Defesa. novo Código Brasileiro de Aeronáutica tentar levantar voo e ser votado em plenário. Pois é nela que o Palácio do Planalto quer fazer o contrabando e incluir a questão das obras para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. A oposição pode espernear, tentar obstruir, mas a intenção da base do governo é encerrar logo o assunto.
Tanto que o relator deve ser o deputado José Guimarâes (PT-CE) ou o deputado Gilmar Tatto (PT-SP), ambos de confiança da presidente Dilma Rousseff (PT-SP) e com mais trânsito entre os colegas de outros partidos. Bem, o planejamento é este, mas é preciso combinar com os fatos e contra eles não há argumentos. A crise precisa estar contornada.
O custo das votações está subindo mais que o combinado. Tem que segurar a turma do chapéu.
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