O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), mostra porque é um sobrevivente. Ontem, depois de declarações de outros caciques do partido contra o sigilo nas obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas do Rio de 2016, Renan pôs panos quentes. Cobra criada! Ele disse que a atitude dos peemedebistas não é pressão para as nomeações de seus apadrinhados para os cargos de segundo e terceiro escalões do governo. Muito antes pelo contrário. Renan fez questão de dizer que o “PMDB não é um problema” para a presidente Dilma Rousseff e que “não prioriza” as nomeações. Na política desde que chegou ao poder com a eleição de Fernando Collor de Mello à Presidência da República, Renan escapou de ser cassado no Senado, continua sempre em cargos de liderança e é fiel escudeiro, tanto do governo, quando ele precisa, quanto de seus pares, quando a caneta presidencial demora a funcionar.
As crises criadas pelo PMDB são artificiais. Pouco antes do encontro de seus caciques com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, os peemedebistas cuidaram de criar uma disputa interna entre seus deputados e senadores. No meio da polêmica, o cargo de líder do governo no Congresso. Os deputados queriam o colega Mendes Ribeiro (PMDB-RS) na liderança, mas eles próprios já tinham jogado a toalha no início da noite de ontem. Pragmáticos, sabem que não adianta dar murro em ponta de faca, embora tivessem um bom argumento. Afinal, o Senado tem sido bem aquinhoado. Só recentemente, além da ex-senadora Ideli na articulação política do governo, foi nomeada a senadora Gleisi Hoffmann (PMDB-PR) para o comando da Casa Civil. Mas se não é possível fazer um deputado, melhor garantir que um senador peemedebista fique com o cargo. Afinal, o PT também está de olho. Melhor entregar os anéis e ficar com os dedos.
Se o pragmatismo do PMDB já é conhecido, a vantagem do partido é que ele nem despista. Nada melhor que o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que já garantiu sua boquinha como diretor de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, para fazer o resumo da ópera: “Enquanto o Henrique Eduardo Alves quiser ser o presidente da Câmara, o PMDB não vai criar dificuldades para a presidente Dilma ou para o governo. Eu conheço a alma desse partido “. Conhece mesmo.
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ResponderExcluirSão todos cobras criadas...O Renan um bastardo, sem moral e sem qualquer qualificação.
ResponderExcluirMas eles não perdem por esperar...Ri melhor quem ri por último!
Eles não são eternos, nada é....
CARO EDUARDO
ResponderExcluirCACIQUES PMDEBISTAS DÃO NÓ EM PINGO D'ÁGUA PARA CONTINUAR TRANSFORMANDO O CONGRESSO EM UM GRANDE BALCÃO DE NEGÓCIOS FINANCEIROS!!!!!!
Marisa Cruz
PMDB não é batom, mas vive nas "boca", dessa vez da Dilma ... Boquinha boa, essa !!!
ResponderExcluir...O partido do "fisiologismo patológico".
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