O possível fim da tarifa de importação de álcool e dos subsídios ao etanol norte-americano, aprovado em 16/6 pelo Senado dos Estados Unidos, pelo que li nos comentários de especialistas, tem pouco impacto comercial para o Brasil, pelo menos no curto prazo. Mas, se confirmada, a abertura do mercado dos EUA deve incentivar novos investimentos e estimular a expansão do setor. Pela proposta, haverá o fim do crédito fiscal de US$ 0,45 por galão de etanol, assim como a eliminação da tarifa de US$ 0,54 por galão sobre o etanol importado – cada galão tem 3,785 litros. Como a produção não acompanhou o aumento do consumo doméstico, hoje, o avanço das exportações está comprometido. Mais do que isso, o país tem sido obrigado a importar mais para abastecer o mercado interno. Na safra atual, que começou em maio e vai até abril de 2012, a Região Centro-Sul, responsável por 60% da produção nacional, deve dobrar as importações de álcool. O volume adquirido do exterior deve passar de 215 milhões para 450 milhões de litros, segundo estimativa de consultorias especializadas. Considerando também as importações necessárias para abastecer o Norte e o Nordeste, o volume total deve atingir 770 milhões de litros, aumento de 70%. Mais de 90% vêm dos EUA. Por enquanto, o Brasil ainda precisa mais dos norte-americanos do que eles de nosso país.
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