Professores de Direito ensinam o que a legislação do país considera certo ou errado e como os infratores devem ser punidos. Mas dois mestres que, até o início do mês passado, davam aula na Faculdade Paraíso (FAP), em São Gonçalo/RJ, estão sendo investigados por motivos bem diferentes do que tratavam em sala de aula. A pedido do procurador da República José Maurício Gonçalves, os professores Francis Wagner de Queiroz Ribeiro e Tathiana Lisboa Ribeiro vão responder a inquérito policial, sob a acusação de falsificação de seus diplomas de mestrado e doutorado em Direito. A Faculdade Paraíso é uma das três instituições do Rio que não conseguiram aprovar um aluno sequer na última edição do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Depois de concluir o curso de Direito, o aluno precisa obter o registro da OAB, sem o qual não pode atuar como advogado.
O caso envolvendo os dois professores também foi denunciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), à Polícia Federal, que vai apurar delito de falsidade ideológica. Francis e Tathiana são avaliadores do Inep em todo o país e, para tal, precisariam ter título de mestre. Em maio, uma comissão do Inep, coordenada por Francis, deu nota 3 - numa escala de 1 a 5 - para o curso de graduação em Direito da PUC-SP. Agora, o coordenador do curso na PUC-SP, Roberto Baptista Dias, disse que vai recorrer:
Com a confirmação de que ele não é mestre, a direção da Faculdade va pedir a anulação da avaliação. O conceito do curso vem do resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), mas, em 2010, os alunos boicotaram o teste, o que foi avisado por eles. Com isso, a nota foi 3.
Os dois professores investigados pediram demissão da FAP em 16 de junho. No site da faculdade, Francis e Tathiana eram apresentados como mestres em Ciências Criminais pela Universidade Candido Mendes (Ucam), mas a informação já foi retirada da página. A Universidade Candido Mendes não reconhece qualquer um dos dois como ex-alunos de seus cursos. Já os títulos de doutores seriam da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas a instituição nega a informação.
Segundo o advogado da FAP, Sérgio Villaça, os currículos dos professores estão na instituição. Mas as cópias autenticadas dos diplomas de mestrado desapareceram. A diretora acadêmica da Paraíso, Célia Regina da Costa, afirmou que, no ano passado, o próprio Francis havia dito que eles tinham concluído o doutorado à distância.
Por meio de nota, a direção da FAP assegurou que oferece ensino de qualidade e vai colaborar com as investigações, mas pediu cautela diante da "reiterada e continuada" afirmação dos professores de que são vítimas de difamação e calúnia". Procurados pelo Globo, Francis e Tathiana não retornaram as ligações.
Que vergonha! Mas num País onde Lulla e Mercadante são "doctores" e impera a cultura da corrupção, só pode dá nisso...
ResponderExcluirCARO EDUARDO
ResponderExcluirQUANTOS MAIS DOUTORADOS, MESTRADOS QUE PASSEIAM EM TODOS OS SETORES PÚBLICOS E PRIVADOS NÃO PASSAM DE PAPEL CARIMBADO ENGANANDO ATÉ O MAIS ILUSTRE!!!!!!!
BRASIL SE TRANSFORMANDO NO LIXÃO DO MUNDO ONDE TUDO PODE, BASTA APENAS ALGUNS SACOS DE MOEDAS
PARA CARIMBAR SÍMBOLOS ATÉ NO PAPEL PERGAMINHO!!!
Marisa Cruz