O Brasil busca ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, hoje privilégio exclusivo dos EUA, Rússia, França, Inglaterra e China. Para quê? Segundo o artigo 27 da Carta das Nações Unidas, um único membro permanente pode vetar decisões tomadas por nove ou mais de seus componentes, inclusive dos outros quatro permanentes. Há propostas de reforma que preveem a inclusão de países da Ásia, América do Sul, Europa e África nesse seleto grupo permanente. Índia, Japão, Alemanha e Brasil encabeçam os pleiteantes. Brasil e Japão, aliás, são os países que mais foram eleitos: 10 vezes cada. Mas, mesmo o Brasil tendo esse perfil pacifista, simpático, alegre, saltitante, corrupto e pujante, por que há tanta resistência à sua entrada no Conselho? Da Argentina é compreensível, mas China, que nos quer como parceiros econômicos de primeira linha, não. E os EUA ainda nos enxergam como “quintal”. O fato é que os cinco não vão abrir mão de sua exclusividade. Então, por que em vez de buscar apoio para o Conselho de Segurança não articular a sua extinção? Será que o poder de veto dos cinco também valeria numa Assembleia Geral?
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