No Brasil a precariedade na condução de políticas públicas é nítida. Dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) revelam que a quantidade de mortes de crianças indígenas por desassistência subiu 513% em 2010 em relação a 2009. Segundo o relatório anual Violência contra os povos indígenas no Brasil, 92 crianças menores de 5 anos morreram de doenças facilmente tratáveis em áreas indígenas no país, contra 15 em 2009. Dois episódios puxam a cifra: as 19 mortes ocorridas no Vale do Javari (AM), cinco por água contaminada durante uma estiagem e 14 por falta de assistência médica em casos de malária e hepatite, além de 61 mortes por doenças infecciosas, respiratórias e desnutrição em uma terra indígena xavante no município de Campinápolis (MT). ‘Não tem outra explicação que não o descaso’, lamenta o bispo do povo xingu e presidente do Cimi, dom Erwin Kräutler. Tem toda a razão.
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