As carreiras públicas têm se tornado, cada vez mais, sinônimo de estabilidade e segurança profissional. Não é por menos. Além dos bons salários oferecidos pela maioria dos órgãos – que ficam em torno de R$ 5 mil –, a aprovação em um concurso público tem funcionado como uma espécie de trampolim para outras vagas com melhores condições, tanto de remuneração quanto de qualidade de vida e de status. Isso ocorre, em geral, porque a situação financeira estável permite financiar novos cursos e estudos para o próximo cargo público, obviamente mais interessante em termos econômicos. Dentro dessa perspectiva, percebemos que no mundo das oportunidades dos concursos públicos é possível traçar o que chamamos de plano de carreira. Esse plano se transfigura das mais diversas formas, como o candidato que faz um concurso de nível médio e, depois da aprovação e posse, se dedica a investir na sua formação, na maioria das vezes, a graduação, e retorna aos concursos almejando outro cargo, cuja exigência agora seja a de nível superior. Esse cenário é bastante comum em cursos preparatórios: um percentual considerável de alunos e ex-alunos que já ocupa algum cargo público e que volta a se preparar, munido agora de uma ferramenta poderosa, a experiência, com objetivo de alcançar outro cargo de maior porte. Encontramos também muitos jovens recém-chegados do ensino médio, principalmente aqueles menos favorecidos economicamente, que vislumbram no concurso público a única esperança para vencer na vida, já que não têm condições financeiras de arcar com os gastos da faculdade. Isso, é claro, além de contar com a estabilidade e a segurança proporcionadas na esfera pública e dificilmente encontradas no mercado de trabalho privado. Diariamente, presenciamos, ainda, nas salas de aulas, centenas de jovens saídos das universidades que mantêm a aspiração de se tornar um funcionário público; e profissionais, não tão jovens assim, que não se sentem atraídos pelas chances e pelos diversos riscos do setor privado. Em 2010, mais de 10 milhões de brasileiros se inscreveram em concursos para preenchimento de vagas em órgãos federais, estaduais e municipais – 40% a mais que em 2005 – conforme pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac).
O problema é que depois que entra, o servidor público não quer nada com a dureza. De ministro passando pelo juiz ao pessoal da limpeza, o negócio é devagar quase parando...
Prezado Eduardo,
ResponderExcluirDiscordo do seu artigo,e tenho certeze de que respeita a minha opinião.
Não podemos generalizar,ainda existem muitos funcionários públicos que trabalham intensamente,se dedicam muito e amam o que fazem.
Grandes médicos,professores,profissionais de saúde em geral,bombeiros e etc.
Talvez no alto escalão a dedicação não seja tão grande,mas a base é forte e em sua maioria,sua a camisa.
Um grande abraço!
Mas é claro que respeito sua opinião, mas discordo. Quem fala não sou eu - são os fatos, a história, o dia a dia, a fome, a miséria que assola o país afora. A "base" é desvalorizada, marginalizada em prol da política, do padrinhamento, enfim, do QI. Se o "alto escalão" não se dá o respeito, vc acha que a "base" vai dar?
ResponderExcluir"O problema é que depois que entra, o servidor público não quer nada com a dureza. De ministro passando pelo juiz ao pessoal da limpeza, o negócio é devagar quase parando..."
ResponderExcluirAchei este parágrafo muito forte.
O pessoal da limpeza,rala muito apesar de muitas vezes não ser valorizado e terem ainda que se deparar com a falta de estrutura em seus locais de trabalho.
"A base é desvalorizada,marginalizada,conforme seu comentário acima,concordo."
Um grande abraço,do amigo...!
...E concordo que o alto escalão tem que dar o exemplo...
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