A recessão global que bate às portas das nações desenvolvidas e, inevitavelmente, já começa a respingar no Brasil virou uma das maiores ameaças ao emprego dos trabalhadores situados nos extremos da pirâmide de renda da iniciativa privada. Em uma ponta, estão os que ganham até dois salários mínimos e conquistaram suas vagas no embalo do crescimento econômico dos últimos anos. Na outra, ficam os funcionários de atividades que pagam os melhores vencimentos — loteados nas empresas exportadoras da área de mineração e siderurgia, de metalurgia e automotiva e da área financeira.
Esses setores estão diretamente expostos aos efeitos negativos do dólar desvalorizado em relação ao real e da redução da procura por matérias-primas e bens de maior valor agregado no mercado internacional. Outro grupo que, embora não esteja no topo salarial, também fica na mira do desemprego é composto pelos trabalhadores da indústria de calçados e vestuário. Tradicionais exportadores, eles sofrem ainda a concorrência das mercadorias importadas da China. Muito mais barato e de melhor qualidade!
A produção industrial já desacelerou no segundo trimestre como resultado das medidas do governo para restringir o crédito e do aumento da taxas de juros para conter a inflação em alta. Inicialmente, a estratégia era promover um pouso calculado da atividade para o país renovar o fôlego e continuar crescendo, com o consumo doméstico controlado. Agora, no entanto, com a crise global, a rotina nas fábricas estão desacelerando mais forte do que o desejado, resultando em corte de vagas e redução da renda dos consumidores. O emprego no setor já deu sinais de queda em junho, com recuo de 0,2%, de acordo com o balanço divulgado pelo IBGE na semana passada.
CARO EDUARDO
ResponderExcluir"O CANTO DA SEREIA PROTAGONIZADOPOR ESTE GOVERNO FEDERAL DESDE 2006
DESAFINANDO EM 2011"
Marisa Cruz
Qdo Delfim Neto disse que colocar a China aqui dentro era fácil mas tira-la depois seria impossível, conclui que o nosso Planeta está caminhando para ficar sem bandeiras. Se é o ideal, não sei. Mas sei que a globalização está se confirmando. Desejo que seja sadia. Sem os focos de guerra daqueles que querem mandar em tudo.
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