Problemas não faltam. O cenário econômico externo se deteriora. No plano interno já se fala que crescimento na casa dos 3% seria uma vitória ao fim do ano. O governo se movimenta, sem êxito, para integrar a população carente ao mercado. Tenta manter os recém-chegados à classe média no seu lugar, amenizando os efeitos da crise externa pela via do mercado interno aquecido. Essa arquitetura é complicada. Incentivos geram gastos ou diminuição de receitas e as contas do governo há muito já são uma equação explosiva.
O Legislativo tem o seu mundo. A dissociação da realidade é assustadora. Ali Dilma Rousseff vive o seu inferno astral. Na semana passada, a base aliada, descontente com as emendas não liberadas e com as nomeações adiadas do segundo escalão, fez o Congresso parar. Mais do que isso, faz eco nas vozes oposicionistas que tentam pegar carona nas operações da Polícia Federal e instalar uma CPI para emparedar o governo. Trafegando na sua terceira crise ministerial antes de completar oito meses de presidência, Dilma sabe que tudo que não precisa é de uma CPI. A sua lua de mel com a imprensa já se encerrou e ela só dispõe da opinião pública. Esta, pelo momento, se mantém: apesar de oscilações para baixo, um contingente de aproximadamente 46% a 48% avalia positivamente o governo. Com essa musculatura, a presidente tenta atravessar o seu primeiro ano.
Mas o Congresso vive a sua lógica. Aos deputados e senadores, pouco importa a conjuntura internacional. Menos ainda se o governo deve ou não cortar gastos. Querem recursos para a sua base eleitoral, quando não para si. E querem cargos. Dilma reluta, mas sabe que uma hora terá de ceder. Na política brasileira, uma maioria se constitui com cargos e emendas. Durante certo tempo, enquanto as pesquisas medirem um alto apoio, é possível governar desconsiderando parcialmente esses pedidos. Mas, se a maré mudar, os congressistas serão os primeiros a abandonar o barco. Aliás, quando o barco está afundando os ratos pulam fora!
Dilma sabe que tudo é uma questão de geração de empregos. Para que a opinião pública mantenha o Executivo fora do alcance do Legislativo, a economia precisa avançar. Com a economia a favor pode dar certo, mas se a crise baixar... haja emenda e haja cargo.
O Legislativo tem o seu mundo. A dissociação da realidade é assustadora. Ali Dilma Rousseff vive o seu inferno astral. Na semana passada, a base aliada, descontente com as emendas não liberadas e com as nomeações adiadas do segundo escalão, fez o Congresso parar. Mais do que isso, faz eco nas vozes oposicionistas que tentam pegar carona nas operações da Polícia Federal e instalar uma CPI para emparedar o governo. Trafegando na sua terceira crise ministerial antes de completar oito meses de presidência, Dilma sabe que tudo que não precisa é de uma CPI. A sua lua de mel com a imprensa já se encerrou e ela só dispõe da opinião pública. Esta, pelo momento, se mantém: apesar de oscilações para baixo, um contingente de aproximadamente 46% a 48% avalia positivamente o governo. Com essa musculatura, a presidente tenta atravessar o seu primeiro ano.
Mas o Congresso vive a sua lógica. Aos deputados e senadores, pouco importa a conjuntura internacional. Menos ainda se o governo deve ou não cortar gastos. Querem recursos para a sua base eleitoral, quando não para si. E querem cargos. Dilma reluta, mas sabe que uma hora terá de ceder. Na política brasileira, uma maioria se constitui com cargos e emendas. Durante certo tempo, enquanto as pesquisas medirem um alto apoio, é possível governar desconsiderando parcialmente esses pedidos. Mas, se a maré mudar, os congressistas serão os primeiros a abandonar o barco. Aliás, quando o barco está afundando os ratos pulam fora!
Dilma sabe que tudo é uma questão de geração de empregos. Para que a opinião pública mantenha o Executivo fora do alcance do Legislativo, a economia precisa avançar. Com a economia a favor pode dar certo, mas se a crise baixar... haja emenda e haja cargo.
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