O publicitário Marcos Valério entregou ao STF, por meio de seu advogado Marcelo Leonardo, suas alegações finais no processo do mensalão.No documento, entregue ao Supremo no último dia 6, são enumerados vários argumentos para que ele seja absolvido das acusações.Para Marcelo Leonardo, não há prova nos autos de "mensalão" que comprovem a compra do voto de parlamentares para aprovar propostas do governo Lula no Congresso. Segundo ele, o que existe são provas no sentido de que os recursos repassados aos partidos se destinavam ao pagamento de dívidas das campanhas eleitorais de 2002 e 2004.O documento também pontua que não existem provas de "recursos públicos" para o repasse de valores aos partidos da base aliada. Afirma o causídico que as perícias feitas em juízo, sob o crivo do contraditório, comprovaram que os empréstimos bancários tomados em bancos privados (Rural e BMG) são verdadeiros; que o fundo de incentivo Visanet é um fundo privado, pertencente a uma empresa privada (Companhia Brasileira de Meios de Pagamento), e que os seus recursos jamais transitaram por contas do Banco do Brasil e nunca estiveram na disponibilidade de diretor do Banco do Brasil.
O advogado finaliza afirmando que a denúncia não descreveu crime de "lavagem de dinheiro", com todas as suas três fases. Como os recursos foram sacados de conta bancária identificada por pessoas identificadas, o tipo penal não se verificou. Para o advogado, a denúncia narra operações de "dólar-cabo" que não caracterizam o crime de "evasão de divisas".
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