Repugnante. É o mínimo que se pode dizer do caso da menina de 14 anos que, na semana passada, denunciou ter sido estuprada durante quatro dias por detentos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, a 50 quilômetro de Belém (Pará). Vem logo à lembrança barbaridade semelhante que chocou o país há quatro anos, quando se soube que uma menina de 15 anos, detida por pequenos furtos em Abaetetuba, naquele estado, passou 26 dias numa cela com homens que a obrigaram a se submeter sexualmente a eles, em troca de comida. Não menos chocante foi a declaração da então governadora Ana Júlia Carepa (PT), de que tal fato não constituia qualquer novidade, já que era prática comum nas prisões de seu estado. Além da desumanidade dessa falta de preocupação da autoridade maior do estado, a declaração deixa transparecer, ou pelo menos dá a impressão, de complacência ou até mesmo conivência das autoridades paraenses como juizes e promotores.
A repercussão em todo o país acabou forçando o afastamento dos repensáveis de seus cargos. A governadora foi punida nas urnas, a juíza do caso teve a aposentadoria compulsória determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo menos cinco delegados foram condenados pelo Judiciário paraense. Acreditava-se que depois da vergonha a que ficaram expostas as autoridades do Pará tivessem tomado providências mais efetivas para evitar que algo parecido ao caso de Abaetetuba se repetisse. Lego engano. O novo caso ocorrido nos arredores da capital paraense demonstra que a ex-governadora tinha razão: não quanto ao conformismo e a leniência demonstrados em 2007, mas quanto à frequência com se repete tal absurdo nas prisões do Pará. O pior também o caso descoberto semana passada é isolado. Pelo contrário. De janeiro a agosto, 37 crianças e adolescentes foram surpreendidas por agentes de segurança de penitenciárias paraenses tentando entrar como visitantes, usando documentação falsa quanto à idade.
O Ministério Público Federal (MPF) está investigando o caso da menina, mas há suspeita de que, por trás dele, pode haver um poderoso esquema de exploração sexual de menores, com braços no sistema penitenciário. O diretor e vários funcionários da penitenciária foram demitidos pelo governador Simão Jatene por negligência. Como primeira providência, tudo bem. Mas não é admissível que, resguardados o direito de defesa, esses e demais envolvidos nesse barbárie não sejam severamente punidos. É também pedir o mínimo que todas os recursos policiais do estado – com a ajuda federal, se for o caso – sejam empregados com prioridade para desbaratar a suposta organização que explora sexualmente crianças dentro ou fora de penitenciárias paraenses. Mais do que isso, os casos repugnantes do Pará, agravados por sua repetição em tão pouco tempo, devem servir de alerta para as autoridades e a população dos demais estados. Por melhor que venha a ser a situação no restante do país, as facilidades encontradas pelos bandidos que ainda não estão presos para fornecer diversão escrava para os que estão por trás das grades no Pará é um aviso.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirGOVERNANTE QUE NÃO É VOLTADO PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO (SAN.BÁSICO, SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA) DA POPULAÇÃO DO PAÍS NÃO PASSA UM DÉSPOTA TRAVESTIDO DE UNGIDO E BOM SAMARITANO !!!!!!
Marisa Cruz
...Cadê o governo dos excluídos?Triste povo,vítima de uma politica demagógica de falta de controle de natalidade,de "bolsa oxigênio" e,de escravidão camuflada.Coitadas dessas crianças,futuro de nosso País,ou melhor,será que elas terão direito a um Futuro?É a "seleção natural",onde os lobos de Brasília e do Pará,pouco se importam com os pequeninos.
ResponderExcluirUm dia eles acertarão as contas de sua ganância desenfreada e omissão.
Que legado é esse que a Copa e a Olimpíada nos trará?
Que os estrangeiros não venham nestes eventos,na forma de "atacado", explorar sexualmente as nossas crianças,pois a "varejo",isso já acontece em vários Estados do nosso País e, nenhuma autoridade toma as devidas providências...
Os "comedores" de criancinhas estão por toda parte do Brasil, entretanto no Pará é preciso medidas sérias e trancafiá-los (as); sim porque há mulheres envolvidas nesses esquemas, algumas porque foram vítimas se acham no direito de agora que são adultas lucrarem, como vingança ao sistema podre e carcomido que não dá a mínima para a população.
ResponderExcluirA população brasileira precisa reagir com força, não devemos ser omissos com esses canalhas que ocupantes do poder ou subservientes querem mesmo é enfiar mão de pilão no fiofó do povo brasileiro trabalhador que paga impostos sem nenhuma contrapartida, e a cada dia percebe que grande parte daqueles eleitos ou ocupantes de funções públicas são mercenários, corruptos, tarados e o escambau a quatro, quero enfiar uma mão de pilão no rabo dessa caterva.