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Tampouco tomaram conhecimento, nem mesmo pela própria imprensa, de que um movimento vinha ganhando corpo nas redes sociais. Internautas e seus amigos estavam trocando convites a se juntarem numa manifestação em Brasília e nas grandes cidades do país contra a corrupção. A data foi bem escolhida e o momento perfeito: o tradicional desfile militar e escolar do Dia da Independência. Milhares de manifestantes vestidos de preto saíram às ruas. Alguns exibiram nariz de palhaço, outros se pintaram de verde e amarelo. Ninguém portava bandeira de partidos políticos e muito menos de sindicatos. Havia muitos jovens, mas nenhum deles se disse filiado a entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (a UNE do PT!). Pelo contrário. O movimento foi feito à revelia dessas instituições e até mesmo contra a vontade delas. Nenhuma liderança tradicional convocou essas pessoas. No entanto, elas estavam lá.
Sabiam o que queriam e as faixas e cartazes feitos à mão não deixavam dúvida de que esse não era um bando de papagaios a gritar palavras de ordem das quais mal sabiam o significado. Não pediram a saída da presidente nem a desrespeitaram. Simplesmente avisaram que não querem mais que o dinheiro dos impostos que pagam seja engolido pela corrupção. Nenhum manipulador profissional de entusiasmos ou contratador de manifestantes ao preço de um lanche e uns trocados tinha arrebanhado aquela gente. É essa falta de dono que faz a diferença a favor desse tipo de manifestação. Nem oposição nem governo, apenas cidadãos indignados. Não eram milhões, mas por terem vontade própria causaram mais efeito do que as multidões atraídas por shows de artistas contratados e distribuição de comida de graça por partidos ou centrais sindicais. Interessados em continuar se locupletando já tinham manifestado seu descontentamento com a faxina iniciada por Dilma Rousseff. Mas agora esses políticos já sabem: o povo conta com modernas formas de convocação e acaba de dar as primeiras demonstrações de que começa uma reação e ninguém sabe onde ela vai terminar. Melhor dar ouvidos às ruas.
O povo brasileiro acordaste do seu sono REM profundo, o que não pode agora, é o mesmo tomar um "boa noite cinderela" do governo. Rebelar é preciso! Pacificamente a guerrilha conseguirá mostrar à que veio para essa corja de labirintites agudas que afligem o nosso país. Aguardem-nos ó "Todo Poderoso Chefão" se a infame justiça não ocorrer, o povo fará a justiça divina.
ResponderExcluirA população brasileira deve sair dessa inércia e exigir do governo e todos detentores de cargos públicos eletivos ou não maior respeito a Constituição Federal e que se restabeleça a dignidade da pessoa humana.
ResponderExcluirRevolução civil, já!
...Bela manifestação do Povo brasileiro,gente forte,com vergonha na cara e esperança em dias melhores...
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