Sabe o que significa Enem para o ministro da Educação, Fernando Haddad? Resposta rápida: “Exame Nacional para Eleição Municipal”. E Haddad já entra tomando bomba. De novo. Desse jeito, nem mesmo o apoio declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguirá colocá-lo na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Ainda mais depois que foi resolvida a crise que tirou Orlando Silva do Ministério do Esporte. Haddad agora é o novo alvo, foi intoxicado por novo vazamento da prova. E com um detalhe: é mais um do time de Lula que a presidente Dilma Rousseff herdou em seu governo, a exemplo de todos os demais ministros que já caíram por causa de denúncias de corrupção.
Aos poucos, a presidente Dilma vai dando a sua própria cara ao governo. Seu plano era fazer mudanças no início do ano que vem, até porque já terá de substituir os ministros que forem disputar prefeituras. Na montagem de sua equipe, Dilma não teve como deixar de atender alguns pedidos de seu padrinho político. Não foi à toa que tantos ministros da gestão anterior continuaram. A falta de renovação não é boa para a gestão no poder público. Afinal, o uso do cachimbo deixa a boca torta.
No caso do PCdoB, Dilma manteve o Ministério do Esporte com o partido. Era difícil para ela deixar os comunistas fora do governo. A legenda á parceira do PT desde a redemocratização do país. Esteve com Lula em suas derrotas, é natural que tenha ficado com ele nas vitórias e permanecido com Dilma. A escolha de Aldo Rebelo tem a sua razão de ser. Aldo já foi ministro e tem apoio no Congresso, inclusive da numerosa bancada ruralista, por causa do Código Florestal que relatou. Além disso, a presidente resgata a dívida da eleição de Ana Arraes para o Tribunal de Contas da União. Aldo disputou, mas o apoio do Planalto foi fundamental para a vitória da mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
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