Em 1994, quando foi eleito presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) prometeu fazer a reforma política. Em 1998, se reelegeu. Ficou oito anos no poder e... nada! A promessa ficou no tempo. Em 2002, quando foi eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu a aprovar a reforma política no Congresso. Em 2006, se reelegeu. Ficou oito anos no poder e... nada! A presidente Dilma Rousseff também fez a mesma promessa, a de batalhar pela reforma política. Os projetos até que estão em tramitação no Congresso, mas sabe o que vai acontecer? Nada! Pelo menos no essencial. Se alguma coisa for apovada será pura perfumaria e dar pior qualidade. Os deputados e senadores não gostam de mudar as regras do jogo que ganharam. Por isso a reforma política é assunto há 17 anos e... foda-se!
Enquanto isso, multiplicam-se o número de partidos no país. Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou a criação do Partido da Pátria Livre, o 29º com registro formal no país. Trata-se da legenda criada por militantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro. É, é isso mesmo. O velho MR-8 estava abrigado no PMDB, mas um grupo de dissidentes preferiu criar a própria legenda. Para completar a salada de frutas, também estão no PPL políticos que deixaram do DEM ao PT. É por isso que está dando tanta confusão com a criação do PSD, que já nasce como uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados.
Com quase 30 partidos, não há identidade que resista. E pensar que isso poderia ter sido evitado, quando o Congresso aprovou a cláusula de barreira. A Justiça, no entanto, entendeu que ela não poderia valer, porque feria as minorias partidárias. Os partidos históricos, como o Comunista, foram salvos. Mas os nanicos sem ideologia foi que fizeram a festa.
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