Jogada malandra da presidente Dilma Rousseff: durante a visita sentimental à terra de sua família na Bulgária, conseguiu do presidente do Senado e, portanto, do Congresso, José Sarney (PMDB-AP Cruz-credo!), o adiamento da votação do veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à divisão entre todos os estados dos royalties do petróleo. Nesta semana de feriadão - viva! - vai ganhar ainda mais tempo para tentar encontrar uma solução negociada para o impasse entre estados produtores e não produtores e entre municípios, estados e a União sobre o dinheiro da exploração do petróleo. Afinal, ninguém quer abrir mão de dar um reforço no caixa. Se for a voto, os estados que não recebem royalties vencem.
Dilma foi espertinha politicamente porque vai ganhar mais uma semana para negociar em busca de um acordo. Com o feriado na quarta-feira, os deputados e senadores chegam a Brasília amanhã, provavelmente no fim da tarde, e vão embora na terça-feira com o nosso dinheiro no bolso, certamente também no fim da tarde. Não haverá sessão do Congresso para apreciar o veto, mas os calhordas vão ganhar. Até porque Sarney só vai convocá-la quando a presidente autorizar. E isso só deve acontecer quando houver um acordo. No voto, o governo federal sabe que perde. Que deputado ou senador vai votar contra o interesse de seu próprio estado?
Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que, aliás, anda em baixa com o Planalto, e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que divulgou vídeo no site oficial falando sobre a “grave ameaça que paira sob o nosso estado”, vão acabar sozinhos. Por mais que insistam, que reclamem, que façam bico, não vão conseguir levar um puto. Também a União terá que ceder parte do que pretendia arrecadar. Em toda essa briga política, só uma coisa é certa. Os poços do fundo do mar vão jorrar nos cofres estaduais. Por bem ou no voto no Congresso.
Esse lero-lero dos royalties já tá enchendo o saco! Se é produzido no Brasil, por que não distribuir por todo o Brasil?! É questão de lógica... Se compartilhar as royalties todo o Brasil ganhará, agora querem oferecer o bem somente para o estado que é produtor. Que patriotismo!
ResponderExcluirNão concordo que seja totalmente distribuído pelo Brasil. Acredito que todo devem se beneficiar porem a maior parte fica para os estados produtores.
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